Delegado Roberto Andrade diz que mulher de 27 anos injetou carrapaticida no soro do pai
Segundo a Polícia Civil, a filha, de 27 anos, foi à unidade hospitalar em companhia de uma prima para visitar o pai, que já estava internado na UTI do Giselda Trigueiro há pelo menos duas semanas. Ela entrou com uma seringa e um carrapaticida conhecido como Barrage na bolsa, adquiridos em uma loja de rações na capital. Ela entrou no leito sozinha e injetou o veneno no aparelho de soro do pai.
Após a ação, ela percebeu a alteração da frequência cardíaca do pai e chamou a equipe médica, que sentiu um cheiro estranho na UTI e se deparou com uma seringa e o veneno no lixo. Logo em seguida, a filha confessou o crime.
“Verificaram um cheiro estranho dentro da UTI que não é normal para nenhuma medicação, verificaram que o tubo que leva a medicação tinha mudado de cor, olharam no lixo e viram a seringa que era estranha no local. Com aquilo tudo, ao verem as visitas, quem estava próximo a ele, foram até ela e acabou confessando o crime”, contou o delegado Roberto Andrade, responsável pelo flagrante.
A mulher informou ainda que tinha depressão e tomava medicações em decorrência da doença. Segundo o delegado, ela contou ainda que, nas visitas e contatos com o pai, entendia que a morte era um pedido dele.
“Ela perguntava para ele se estava sofrendo e ele respondia através de gestos, já que não estava falando mais. E ela entendia que ele estava sofrendo muito, o que levou a isso. […] Ela sentia que o pai estava sofrendo muito e com esse sofrimento do pai ela entrou em desespero e achou por bem fazer isso. Comprou esse produto numa casa de ração, em Felipe Camarão, e depois comprou uma seringa, e quando estava comprando a seringa ainda pensou em desistir, mas aí tomou coragem e resolveu a fazer isso com o pai dela”.