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Filha que envenenou pai diz que queria ‘acabar com sofrimento’

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Um homem foi envenenado pela própria filha num leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Hospital Giselda Trigueiro, no bairro das Quintas, zona Oeste de Natal. O caso aconteceu no começo desta terça-feira (15). A vítima foi identificada por José Evangelista da Rocha, de 60 anos. Segundo a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a filha foi presa pouco tempo após o caso e confessou o crime. Ela contou à polícia que a motivação do crime foi “aliviar o sofrimento do pai”, internado com complicações decorrentes da AIDS.

Delegado Roberto Andrade diz que mulher de 27 anos injetou carrapaticida no soro do pai


Delegado Roberto Andrade diz que mulher de 27 anos injetou carrapaticida no soro do pai

Segundo a Polícia Civil, a filha, de 27 anos, foi à unidade hospitalar em companhia de uma prima para visitar o pai, que já estava internado na UTI do Giselda Trigueiro há pelo menos duas semanas. Ela entrou com uma seringa e um carrapaticida conhecido como Barrage na bolsa, adquiridos em uma loja de rações na capital. Ela entrou no leito sozinha e injetou o veneno no aparelho de soro do pai.

Após a ação, ela percebeu a alteração da frequência cardíaca do pai e chamou a equipe médica, que sentiu um cheiro estranho na UTI e se deparou com uma seringa e o veneno no lixo. Logo em seguida, a filha confessou o crime.

“Verificaram um cheiro estranho dentro da UTI que não é normal para nenhuma medicação, verificaram que o tubo que leva a medicação tinha mudado de cor, olharam no lixo e viram a seringa que era estranha no local. Com aquilo tudo, ao verem as visitas, quem estava próximo a ele, foram até ela e acabou confessando o crime”, contou o delegado Roberto Andrade, responsável pelo flagrante.

A mulher informou ainda que tinha depressão e tomava medicações em decorrência da doença. Segundo o delegado, ela contou ainda que, nas visitas e contatos com o pai, entendia que a morte era um pedido dele.

“Ela perguntava para ele se estava sofrendo e ele respondia através de gestos, já que não estava falando mais. E ela entendia que ele estava sofrendo muito, o que levou a isso. […] Ela sentia que o pai estava sofrendo muito e com esse sofrimento do pai ela entrou em desespero e achou por bem fazer isso. Comprou esse produto numa casa de ração, em Felipe Camarão, e depois comprou uma seringa, e quando estava comprando a seringa ainda pensou em desistir, mas aí tomou coragem e resolveu a fazer isso com o pai dela”.

Segundo a DHPP, a família da vítima é natural de Jardim de Piranhas, Seridó potiguar. O homem ainda tinha outro filho, que não mora no RN. A mãe da mulher já foi comunicada do caso. Segundo o delegado Roberto Andrade, a mulher vai responder por homicídio qualificado na justiça.
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