Paris – Tomou posse ontem o novo primeiro-ministro francês, François Fillon, ele disse que assume o cargo com o objetivo de “servir à França”, para renovar o país, defender a sua identidade e garantir “um lugar de destaque”, com “paixão e confiança no futuro”.
“Respeitarei todos os compromissos que adquirimos. A renovação da vida política tem esse preço”, afirmou Fillon, que prometeu estar “à escuta de todos, porque uma França em movimento precisa de todos”. Fillon discursou após a cerimônia de posse, em que recebeu o cargo do seu antecessor, Dominique de Villepin, em Matignon (sede do Governo). Para Fillon, 53 anos, estar “a serviço da França é defender sua identidade, defender seus valores, atuar pelo interesse geral, unindo a nação, e ter o espírito de abertura” desejado pelo novo presidente, Nicolas Sarkozy
Sucessor
Depois de 13 anos de espera, Gordon Brown foi confirmado ontem como sucessor de Tony Blair no comando do Partido Trabalhista e, conseqüentemente, como o próximo primeiro-ministro por ser o único candidato oficialmente na disputa. Tony Blair, em visita aos Estados Unidos, renunciará em 27 de junho. Brown não deu sinais de que recuará do comprometimento da Grã-Bretanha com a impopular guerra no Iraque. “Não podemos negar que tem havido grandes divisões da opinião pública sobre o Iraque, declarou Brown em entrevista coletiva nesta quinta-feira. “Acredito que estamos agora numa nova fase onde as pessoas deste país reconhecem nossas obrigações com o recém-eleito governo iraquiano”.
Sobre suas prioridades de governo, Brown destacou que “minha paixão é a educação, minha prioridade imediata é o Serviço Nacional de Saúde e os novos desafios, como os recursos para a habitação e a construção de uma comunidade protegida e sustentável e que confie na nossa democracia”. O ministro da Economia assumirá a chefia do partido e do governo porque seu único potencial adversário, o esquerdista John McDonnell, que acalentava uma candidatura “simbólica”, não conseguiu apoio suficiente de parlamentares para formalizar sua postulação. Mais cedo hoje, o Partido Trabalhista anunciou que Brown recebeu o apoio de 313 dos 353 parlamentares da bancada, e as indicações foram encerradas. O líder do partido se torna automaticamente primeiro-ministro. McDonnell já tinha reconhecido, ontem, que era matematicamente impossível reunir as assinaturas necessárias para substituir Blair. Perguntado sobre “quanto admiração” nutria por George W. Bush, Brown respondeu sem citar nominalmente o atual presidente dos EUA.
“A relação entre um primeiro-ministro britânico e um presidente americano tem de ser muito forte, e estou ansioso em construir esta relação com o presidente dos Estados Unidos”.
