Mais um longa-metragem potiguar fará sua estreia na telona do Cinemark, integrando a mostra competitiva do Cine Fest RN. “O Mistério das Noites Brancas”, escrito e dirigido por Lucas Fernandes, do coletivo Drone em Chamas, será exibido nesta sexta-feira, às 20h, logo após a mostra de curtas nacionais. A troca de horário foi feita pela produção do festival.
Feito na base de parceria, longa inspirado em obra de Dostoiévski faz sua estreia em grande estilo
Realizado de forma independente, em parceria com o Departamento de Comunicação da UFRN, com a produtora Jubarte Filmes e com bandas responsáveis pela trilha sonora, o filme fala de um aluno problemático que, para graduar-se na universidade, é condicionado a passar pela orientação de um professor misterioso e conservador. Depressão e enfrentamento à homofobia compõem a trama.
A maior parte das gravações aconteceu em Natal, mas algumas cenas e imagens foram gravadas em cidades como São Petersburgo, Moscou e Tosno, na Rússia. “A cena do lago (cena da qual tiramos a foto para a divulgação do filme) foi gravada em uma floresta nos arredores da cidade de Lappeenranta na Finlândia”, conta Lucas, em entrevista ao VIVER.
O nome do filme é inspirado no livro “Noites Brancas”, do escritor russo Fiodor Dostoiévski. Por coincidência ou não, Lucas estava passando uma temporada na Rússia justamente no período em que ocorre o fenômeno homônimo, quando o sol praticamente não se põe.
O coletivo Drone em Chamas é formado ainda por Rebecca Pelágio e Lito Trindade e conta com a participação, de forma voluntária, de amigos atuando na parte técnica. Como conta Rebecca em entrevista ao Viver:
Como é ter um longa estreando em Natal durante um grande festival como o Cine Fest RN?
Mesmo apesar das polêmicas envolvendo o Cine Fest RN, a gente ficou realmente muito feliz com essa oportunidade de estrear o filme no Cinemark, mesmo porque ele foi feito sem financiamento, só com trabalho voluntário e parcerias. Então, poder contar com a ajuda do festival na conversão do filme para DCP e também para prepará-lo para ser exibido em uma sala de cinema profissional, foi uma ajuda bem grande e muito bem-vinda.
Quais expectativas futuras para o filme?
A gente deu tudo de si nessa obra. Todo mundo que estava envolvido, especialmente por ser voluntário, eram pessoas que acreditavam na mensagem da obra, no que o filme tem pra dizer, que é uma mensagem de tolerância, contra a homofobia e até de aceitação mesmo, num contexto intercultural. A gente acredita que fez um produto realmente muito bom, de qualidade e intenção que ele faça circuito de festivais e, posteriormente, caso consiga um bom distribuidor, pretendemos tentar circuito comercial sim.
Outras informações sobre o filme estão no site.
