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Fim da exportação não é definitivo

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Daísa Alves
Repórter

A decisão da multinacional americana Del Monte Fresh Produce Brasil Ltda em não produzir banana para o mercado internacional, anunciada esta semana, não é definitiva. Segundo fonte ligada ao setor de fruticultura, com a confirmação de acordos comerciais, possibilitando o custo-benefício da exportação, a empresa retornaria ao plantio da fruta de imediato. No entanto, o afastamento da Del Monte Brasil,  do ramo da exportação da banana, deve ser sentido, significativamente, na relação empregatícia.
Plantação de banana: A Del Monte decidiu focar no Brasil
Uma possível confirmação da diminuição da taxa de importação do produto, por meio de  negociações entre o Mercosul e a União Européia, seria um dos fatores determinantes para o retorno ao mercado externo, pois as altas taxas de impostos desfavorecem a competitividade. Segundo Roberto Barcelos, presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do RN (Coex), na exportação aos países europeus, cobra-se sobre a banana uma taxa de 40% de imposto, enquanto para as demais frutas o imposto está na média de 10%. Aos concorrentes, a taxa é zero, por acordos comerciais entre seus países.

A decisão da produtora de banana de converter em uma empresa de pequeno porte acarretaria na transformação das áreas de plantio. Em algumas fazendas, a empresa deixará de plantar bananas, para produzir outras culturas frutíferas. A conversão da linha de produção impactará com cortes no quadro de funcionários de maneira “significativa”, relata fonte.  

#SAIBAMAIS#Atualmente, a empresa emprega cerca de 6.900 funcionários, nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, somente com a produção na área da banana. Em média 30% de seu produto é voltado para os estados brasileiros, e os outros 70% para o mercado externo.

No caso, das atuais nove fazendas do RN, concentradas no Vale do Açu, haverá uma seleção de quais serão concentradas para o mercado interno com a produção da banana, e quais destinadas ao cultivo de outras frutas. Segundo a fonte, não haverá, portanto, arrendamento ou venda da área de plantio.

Os últimos dois anos de seca e as condições climáticas do estado também contribuíram para uma  baixa na produtividade da empresa e por isso a desistência da exportação do produto, como já comunicado oficialmente. Mas, segundo a fonte, o problema não era necessariamente a falta de água, mas as próprias condições climáticas de seca.

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