quinta-feira, 18 de abril, 2024
31.1 C
Natal
quinta-feira, 18 de abril, 2024

Final da Copa dá vantagem à Adidas

- Publicidade -

Vinicius Neder
Repórter da Agência Estado

Rio (AE) – Seja qual for o campeão hoje, a Copa do Mundo parece ter dado mais fôlego à alemã Adidas na bilionária disputa paralela com a norte-americana Nike. Os números mostram uma disputa acirrada pela liderança do mercado, com alguma vantagem para os alemães.

“Teremos um evento todo Adidas no domingo (hoje)”, comemorou ontem Roland Auschel, membro do Conselho Executivo do Grupo Adidas responsável por vendas globais, referindo-se à final entre Alemanha e Argentina. Além das duas seleções, a Adidas patrocina 15 jogadores que estarão em campo, segundo Auschel. “Somos claramente os líderes em futebol”, afirmou o executivo.
Jogadores da Alemanha: Enquanto a Adidas fica em evidência na final com o time e a Argentina...
A Adidas mantém a projeção de faturar 2 bilhões de euros no segmento futebol, turbinada pela venda de 8 milhões de camisas de seleções e 14 milhões de unidades da Brazuca, a bola oficial da Copa, desde o lançamento dos produtos, entre novembro e dezembro do ano passado.

Já a Nike faturou US$ 2,270 bilhões (1,670 bilhão de euros) no segmento futebol no ano fiscal de 2014 (encerrado em maio), segundo o balanço financeiro divulgado ao mercado no último dia 26. A receita bruta nessa categoria cresceu 18% em dólares, em relação ao ano fiscal anterior. O faturamento total da empresa foi de US$ 27,8 bilhões – contra 14,492 bilhões de euros da Adidas em 2013, equivalente a US$ 19,719 bilhões.
A Nike viu suas principais seleções disputando o 3º lugar com o principal astro, Neymar, de fora
“Somos a marca número um até na Alemanha, que é um mercado estratégico para nós”, disse o diretor de comunicação da Nike no Brasil, Alexandre Alfredo. “Em ano de Mundial, a venda de camisas cresce 40% na Nike”, completou Alfredo.

Crescimento

Os 2 bilhões de euros em receita com futebol significarão para a Adidas avanço de 17,6% sobre o recorde anterior da categoria, de 1,7 bilhão de euros em 2012. Nos resultados do primeiro trimestre deste ano, divulgados em maio, foi registrado avanço de 27% nas vendas do segmento – mas a receita como um todo caiu 5,8% em euros, frente o primeiro trimestre de 2012.

A Nike começou a Copa na frente, vestindo dez das 32 seleções participantes do Mundial. A Adidas tinha nove e mais o patrocínio oficial – a parceria com a Fifa começou em 1970 e está garantida até a Copa de 2030.

No entanto, enquanto a marca alemã domina a final, a concorrente verá suas principais seleções, Brasil e Holanda, disputando o terceiro lugar, com seus dois principais astros, o português Cristiano Ronaldo e Neymar, fora da competição.

Apesar disso, a Nike aponta o sucesso de suas ações de marketing Alfredo cita as filas na loja exclusiva para futebol, a primeira do gênero no mundo, inaugurada em abril no Rio. Além disso, até ontem, todos os vídeos lançados pela marca para a Copa haviam alcançado cerca de 418 milhões de visualizações e 24,3 milhões de compartilhamentos na internet. “Qualquer pesquisa mostra que a Nike é a marca mais associada ao Mundial. E não somos o patrocinador oficial”, garantiu Alfredo.

Embora o mercado de futebol seja bilionário, tanto no caso da Nike quanto no da Adidas, o grosso das receitas vem mesmo do segmento de “training” – venda de artigos esportivos para a prática de exercícios físicos. O futebol tem, porém, importância estratégica na valorização das marcas e, portanto, nas vendas do principal segmento. Para o alemão Auschel, em termos de vendas, tanto faz a seleção campeã no domingo. “Do ponto de vista da marca, porém, uma vitória da Argentina nos oferece a oportunidade de elevar Messi a um superstar, como Pelé e Maradona”, ponderou.

Saiba Mais

A Copa do Mundo de futebol foi aberta no dia 12 de junho e terá a partida final hoje, entre Argentina e Alemanha, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Natal  recebeu quatro jogos do Mundial, na Arena das Dunas. O primeiro foi no dia 13 de junho, entre México e Camarões. No dia 16, Gana e Estados Unidos se enfrentaram. No dia 19 foi a vez de Grécia e Japão e, no dia 24, jogaram Uruguai e Itália. Pesquisa divulgada sexta-feira (11) pela Fecomércio/RN aponta que os gastos dos turistas somaram R$ 333,74 milhões no comércio da cidade, durante o mundial, principalmente nos segmentos de alimentos e bebidas, hospedagem, transportes e compras em geral.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas