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Findando o impeachment

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Pelas contas dos especialistas hoje, 30, consagrado aos santos Félix e Adauto, não muito populares pelos altares daqui, encerra-se o julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Mas a votação no Senado poderá entrar pela madrugada de amanhã, fechando o mês de agosto que tem uma história muito especial no calendário político brasileiro. Assisti ontem algumas passagens da sessão do Senado, logo na sua abertura, coisa das 10 horas, graças a um telefonema de Alex Nascimento: “Ligue a TV Senado, a Dilma acaba de chegar por lá”. Parece ficção, o bardo da rua São João se interessar por política, quando todos sabem que o seu esporte preferido, depois do futebol de salão, é a Fórmula- 1, aliás ganha domingo pelo alemão Nico Rosberg, da Mercedes.  Alex também adora alemães e alemoas.

Outro detalhe curioso dessa história é que Alex não é de ver televisão. Só em dias de Fórmula-1 ou nas campanhas políticas para conferir a propaganda dos candidatos. Acha os programas divertidos. Tirando essas exceções o seu tempo “midiático” é todo de radinho ligado 24 horas. Capaz de informar, por exemplo, como foi a temperatura no amanhecer de ontem em Tóquio ou se vai chover na serra gaúcha, sem precisar de olhar para as pernas de Julia Coutinho. Aproveitei seu telefonema para pedir notícias de Esmar Tavares, de Arturzinho, de Florentino Vereda, de Ricardo Careca e de Nei Leandro de Castro, com os quais ele sempre está sintonizado. Estão todos bem.

Quando o papo terminou, a Dilma Rousseff já havia falado e aí começou um segundo tempo com os senadores fazendo perguntas a ela. Estavam inscritos 47, somando os dois lados. Cada senador tinha direito a 5 minutos para perguntar e a presidente sem limite de tempo par responder. Fiz as contas. Só de perguntas a coisa iria durar de 8 a 9 horas. Quer dizer: a sessão certamente iria esticar até meia noite entrando com folga pela madrugada. Quanto batuco estas mal traçadas linhas passa do meio dia, a sessão foi suspensa para que os astros e estrelas almocem. Também fui fazer o mesmo sem obrigação de voltar ao canal da TV-Senado. Recorria a internet.

E foi na internet, acessando a coluna do analista político Josias de Souza, do Uol, que encontrei uma boa definição para a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff:

– A autodefesa de Dilma Rousseff no Senado é cenográfica. Sabendo-se cassada, Dilma tem a pretensão de falar para a história, não para os 81 senadores. Ensaiou suas melhores poses para as lentes dos documentaristas que filma o último capítulo de sua Presidência. Dilma sobe no palco sob a direção do caos – ou de Lula, que muitos acreditam ser a mesma coisa.

Por sinal, Lula estava presente à sessão de ontem do Senado, em lugar especial reservado para trinta convidados especiais de Dilma. Ao lado direito dele via-se Chico Buarque, de olhos escuros. Conversavam.

O Placar
Há dias que os jornais O Estado de S. Paulo, A Folha de S. Paulo e O Globo publicam o placar do impeachment. Nas duas últimas semanas houve poucas alterações. Mas o número de senadores a favor do impeachment cresceu.  Votam 81 senadores. A grande maioria já definiu seus votos, mas há ainda entre 9 a 11 indefinidos.  Para tirar Dilma do Palácio da Alvorada são necessários 54 votos. O placar até o meio dia de ontem era este:

No Globo: 53 a favor; 18 contra; 10 indefinidos. No Estadão: 53 a favor; 19 contra; 9 indefinidos. Folha de S. Paulo: 52 a favor; 18 contra; 11 indefinidos.

O PMDB tinha até o meio dia de ontem 3 senadores indefinidos: 2 do Maranhão: Edson Lobão e João Alberto de Souza; 1 de Alagoas: Renan Calheiros. No Rio Grande do Norte o placar é fácil: 2 a favor do impeachment: Garibaldi Filho (PMDB) e José Agripino (DEM); 1 contra: Fátima Bezerra

Caetano Veloso
Se Paulinho da Viola cantou na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Caetano Veloso vai cantar o Hino Nacional na posse da ministra Cármen Lúcia na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), marcada para o dia 12 de setembro, em Brasília.

A ministra Cármen sucederá ao ministro Ricardo Lewandowski, que nestes dias presidente o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, onde ainda não se ouviu o Hino Nacional.

Caetano vai se apresentar no mesmo estilo que Paulinho da Viola se apresentou no Maracanã:  banquinho e violão.

Chuvinha
Final de semana com chuvinhas aqui e acolá, partes do Litoral, pouca coisa nos Agrestes. Foi no sábado para o amanhecer de domingo. Está no boletim da Emparn:

Canguaretama, 10,8 milímetros, Natal, 8,8, Parnamirim, 6,5, Extremoz, 5, São Gonçalo do Amarante, 3,9, Baia Formosa, Nísia Floresta, 2,4. Em Sítio Novo, no Agreste, entre o Potengi e o Trairi, 10 milímetros.

Nas Queimadas, leblina de só 2 milímetros. Mas muito vento frio, tirando as conversas do alpendre. O acontecimento maior esta semana nas Queimadas foi a floração em uma das 12 craibeiras enfileiradas no pátio.

Caprifeira Começa dia 2 de setembro, sexta-feira que vem, a Caprifeira de Lajes, festa montada no Parque de Exposição Nélio Dias, ali onde a caprinocultura do Rio Grande do Norte cresceu. No sábado, 3, começo da noite, haverá leilão.

 Livro A partir das 18 horas de hoje, na sede da AABB (Salão Azul) haverá o lançamento do livro “A Pipa e outros poemas de João Bosco de Campos”, organizado por Marcos Antônio Campos e Rodrigo Viana Campos. A edição é do Caravela Selo Cultural.

Pagamento Hoje, penúltimo dia do mês, nos setores do governo não se fala na tabela do pagamento dos salários dos servidores estaduais. Possa ser, segundo os mais otimistas, que se tenha alguma notícia na sexta-feira, 2 de setembro. Ou, quem sabe, depois do desfile militar do dia 7.

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