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Fla desafia a hegemonia europeia

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Doha (AE) – O Flamengo desafia neste sábado a hegemonia europeia na decisão do Mundial de Clubes, contra o Liverpool, às 14h30 (de Brasília), no Catar. Desde a campanha vitoriosa do Corinthians contra o Chelsea, em 2012, os times sul-americanos ficam pelo caminho na competição. River Plate (duas vezes), San Lorenzo e Grêmio não tiveram sorte tampouco competência ao decidir com o campeão da Europa. Alguns sequer conseguiram chegar à final.
Ataque do Flamengo vem se destacando e vai passar pelo teste mais difícil na temporada hoje
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Mas o Flamengo comandado pelo português Jorge Jesus mostra números que fazem o torcedor levar fé. O time que tenta o bi da competição (ganhou em 1981) empolga porque tem um ataque que já marcou 144 gols, ganhou o Brasileirão e a Copa Libertadores, algo raro no Brasil na mesma temporada (só o Santos fez isso, na década de 60, tem o primeiro (Gabriel) e o segundo (Bruno Henrique) artilheiro do Nacional.
Além disso, possui em suas fileiras atletas acostumados a enfrentar europeus, como Rafinha e Filipe Luís, venceu 12 jogos no ano por placares de três ou mais gols e ganhou na Libertadores a pecha de não desistir nunca da luta – os dois gols da virada diante do River, na decisão do título, foram marcados nos minutos finais do segundo tempo.
Jesus admitiu ser a partida a mais importante de sua carreira. Sabe que será fogo contra fogo dentro de campo, embora reconheça que o Liverpool e os clubes europeus têm sempre os melhores jogadores do mundo. “Não temos os melhores, mas temos bons jogadores também”, disse o treinador, que ainda não admitiu sua permanência no clube do Rio em 2020.
Ocorre que o Liverpool também está em alta: após ganhar a Liga dos Campeões da Europa, o time de Jürgen Klopp está invicto no Campeonato Inglês com 16 vitórias e um empate. No total, são 34 jogos de invencibilidade na competição, contando jogos da temporada passada. Portanto, sobra na Inglaterra como o Flamengo sobrou no Brasil. “Cada treinador tem a sua ideia de jogo. O que o Flamengo tem passado ao longo desses seis meses é uma ideia de olhar sempre para o gol, sempre para frente, para o espetáculo.. Nós, europeus, somos formados não só para ganhar, mas para dar espetáculo”, disse Jesus.
Os dois treinadores gostam que seus times ataquem, mas cada um com seu estilo. Sob o comando do português, o Flamengo passou a ter movimentação constante em seu sistema ofensivo e não para de agredir o adversário até o apito final.
No Liverpool, o alemão Klopp faz sua equipe jogar de forma vertical, sem trocas de passes. É correria pura, jogo pelas pontas e muita qualidade do trio formado por Salah, Firmino e Mané. “Sei o que esperar do Flamengo. É um estilo muito organizado. Jorge Jesus mudou a sorte e muitas outras coisas quando chegou lá. É um time bem estabelecido, todos do Liverpool sabem o que precisam fazer na partida”, comentou Klopp.
O discurso dos técnicos gera a expectativa de um duelo cheio de oportunidades, algo que não aconteceu nas recentes finais entre sul-americanos e europeus. A cartilha dos sul-americanos no Mundial da Fifa sempre foi a de um sistema defensivo sólido, grande atuação dos goleiros e vitória magra por 1 a 0, como ocorreu com o Corinthians diante do Chelsea.
Everton Ribeiro, capitão do Flamengo, sabe que o Flamengo precisa encaixar mais uma boa atuação na temporada e que o Liverpool é diferente de todos que o time enfrentou no ano. “Temos de jogar muito bem para sairmos campeões. A gente aprendeu que não pode desistir, sabemos do que somos capazes, do futebol que podemos apresentar. E que temos de jogar da nossa maneira.”
O goleiro Alisson, do Liverpool e da seleção, espera trabalhar muito no jogo. “Temos de fazer melhor do que fizemos na estreia para ganhar do Flamengo. Há do outro lado jogadores experientes e acostumados aos grandes jogos.”
Alisson diz que Liverpool valoriza a competição
A escalação de um time misto na semifinal contra o Monterrey pode ter indicado que o Mundial de Clubes não é uma prioridade para o Liverpool em uma temporada de muitas competições e calendário apertado, mas nem por isso o time quer deixar escapar a taça. Foi esse o discurso do goleiro Alisson nesta sexta-feira, na véspera da decisão contra o Flamengo.
Com a experiência de ter atuado no futebol brasileiro, o goleiro reconheceu que a taça é uma obsessão no País. Mas avisou que o Liverpool não medirá esforços quando entrar em campo, às 14h30 (horário de Brasília) deste sábado, no Estádio Internacional Khalifa, em Doha.
“É grande para os brasileiros. Mas acho que é maior para quem está jogando isso. Os de fora não dão valor a esta competição porque é limitada apenas aos vencedores. O Flamengo venceu a Libertadores, vencemos a Liga dos Campeões, o Monterrey venceu a Concacaf e muitos outros clubes venceram grandes competições. E nós estamos aqui”, disse.
Alisson também lembrou que o Liverpool ainda não ganhou o Mundial, o que aumenta o peso histórico de uma eventual conquista. O time perdeu a decisão em 2005, para o São Paulo, e também as edições de 1981 e 1984, quando ainda não havia a chancela da Fifa.
“É importante. Além disso, podemos colocar o nosso nome na história do clube, pois pela primeira vez o Liverpool pode vencer o Mundial. Nós vamos tentar dar o nosso melhor”, afirmou o goleiro da seleção brasileira.
Na semifinal, o Liverpool sofreu para superar o Monterrey, por 2 a 1. E Alisson reconheceu que o time teve atuação ruim e que precisa evoluir. “Os clubes diferem em termos de estilo. O time mexicano fez uma partida muito difícil e não jogamos a melhor partida. Mas amanhã tenho certeza de que não pouparemos esforços para vencer o Flamengo”, destacou.
Jorge Jesus vê finalistas em ‘outro patamar’ 
Um final entre dois times que estão em “outro patamar”. Foi assim que o técnico do Flamengo, Jorge Jesus, avaliou o confronto deste sábado com o Liverpool, em Doha, que decidirá o campeão do Mundial de Clubes. O treinador português não economizou nos elogios ao comandante do adversário, o alemão Jürgen Klopp, e destacou o sucesso internacional que as equipes vêm alcançando.
“A comparação que podemos ter com o Flamengo é que o Flamengo vem de uma temporada de títulos. Os dois clubes estão recuperando o prestígio internacional. Como o Bruno (Henrique, atacante do Flamengo) diz, são duas equipes que estão em outro patamar”, afirmou, em entrevista coletiva nesta sexta-feira.
Ao avaliar o confronto tático com Klopp, Jesus apontou que o técnico do Liverpool conhece bem o seu estilo de jogo. E elogiou a estratégia ofensiva adotada pelo treinador do Liverpool, um 4-3-3 com dois pontas bem agudos, casos do egípcio Salah e do senegalês Mané.
“Klopp é um dos grandes treinadores do mundo. Sei que viu jogos meus em Portugal e consegue analisar essas particularidades. É um criador. O time dele joga em um 4-3-3 diferente. Ele é diferente”, disse.
O comandante do Flamengo também destacou a sua preferência pelo jogo ofensivo, algo que tem implementado desde a sua chegada ao time e foi uma das marcas da conquista dos títulos da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro.
“Cada treinador tem a sua ideia. O que o Flamengo tem passado ao longo desses seis meses é uma ideia de olhar sempre para o gol, sempre para frente, para o espetáculo. Nós, europeus, somos formados não só para ganhar, mas para dar espetáculo”, argumentou.
Com contrato até o meio de 2020, Jesus desconversou sobre a possibilidade de a conquista do Mundial levá-lo a voltar a trabalhar na Europa, apontando que já está em um dos principais clubes do planeta. E avaliou que o Flamengo possui potencial para elevar esse status.
“Já treinei os melhores clubes do mundo, não tenho dúvida nenhuma. No dia que se começa a ganhar como estamos ganhando, o Flamengo será talvez um dos três maiores clubes do mundo, não tenho dúvidas, e não está na Europa”, avaliou. 
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