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Flip homenageia escritora Hilda Hilst

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A mítica Casa do Sol, em Campinas, onde Hilda Hilst viveu de 1966 até a morte, em 2004, ganha um novo endereço – provisório – no fim do mês: a Praça da Matriz, em Paraty. Durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que entre os dias 25 e 29 presta homenagem à autora de A Obscena Senhora D e de tantas outras obras de prosa e poesia, a Casa Hilda Hilst vai apresentar essa personagem múltipla e complexa e mostrar um pouco do clima do casarão que é sede do Instituto Hilda Hilst. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

Primeira mesa de debate, dia 26 de julho, será composta por pessoas que conviveram com autora

Primeira mesa de debate, dia 26 de julho, será composta por pessoas que conviveram com autora

“A ideia é levar uma Hilda que se desdobra em várias leituras”, conta Daniel Fuentes, herdeiro da escritora e presidente do Instituto – que montou a casa em Paraty em parceria com a Hysteria, núcleo de produção de mulheres da Conspiração Filmes, e com o apoio da Companhia das Letras, nova editora de boa parte de sua obra.

A abertura do espaço, que vai abrigar encontros sobre a vida e a obra de Hilda, instalações que vão levar o visitante para o universo da autora e da Casa do Sol, uma loja-conceito da Livraria da Travessa e outra do Instituto Hilda Hilst e um bar, será na quarta, 25, às 18h, com o lançamento de livros.

No dia seguinte, e nos próximos, a programação começa cedo, às 10 horas, com oficinas diárias de Donizeti Mazonas, artista que há mais de 10 anos trabalha com a obra de Hilda no teatro, e vão até as 2 da madrugada. Para as oficinas, é preciso fazer inscrição, paga, pelo site do Instituto Hilda Hilst. São cerca de 30 vagas. O restante da programação é gratuito.

A primeira mesa de debate, na quinta, 26, às 13h, vai reunir pessoas que conviveram com a escritora: os amigos Olga Bilenky, mãe de Daniel Fuentes, Leusa Araujo e Jurandy Valença. “Acho que vai ser dessas mesas de que todo mundo sai chorando”, aposta Fuentes. A mediação será de Tainá Müller. Às 18h, o debate será sobre sua poesia, com mediação de Luciana Araujo Marques e participação de Ricardo Domeneck, Laura Erber e Gutemberg Medeiros.

Na sexta, pela manhã, a conversa será sobre o encontro do público com a obra de Hilda. Ana Lima Cecilio, Gutemberg Medeiros e Alice Sant’Anna falam, com mediação de Paulo Werneck, sobre os três momentos editoriais da autora – quando ela começa a publicar seus livros, quando assina com a Globo no início dos anos 2000 e sua obra, quase toda esgotada, volta às livrarias, e hoje, neste novo boom, marcado por desdobramentos em novas áreas e suportes.

No começo da noite, o tema será sua prosa e sua transmutação para outros formatos. Donizeti é convidado ao lado de Eduardo Nunes, diretor de Unicórnio, longa baseado em Unicórnio e Matamoros, de Hilda, que tem estreia prevista para 16 de agosto e será exibido lá, no novo Cinema da Praça, durante a Flip. A escritora Carola Saavedra comanda a conversa.

No sábado, às 13h, Daniel Fuentes e Mauro Munhoz, arquiteto e presidente da Casa Azul, que faz a Flip, debatem os próximos 50 e 100 anos da Casa do Sol. A segunda mesa do dia reunirá a pesquisadora Eliane Robert de Moraes e a cantora Zélia Duncan num encontro para debater o profano e o sagrado em Hilda Hilst, com mediação de Mirna Queiroz.

No domingo, às 13h, a soprano Manuela Freua, idealizadora do projeto A Canção e o Violino, e Leonardo Martinelli, que compôs uma música inspirada no poema Roteiro do Silêncio, escrito por Hilda em 1959, cantada por Manuela, falam sobre a iniciativa e apresentam a música.

Na sequência, às 13h30, encerrando a programação de mesas, Leandro Esteves, Ítalo Moriconi e Jeane Callegari, mediados por Ana Lima Cecilio, abordam a intensa troca de correspondência entre a escritora e Caio Fernando Abreu.

Todos os dias, entre um debate e outro, o público será surpreendido por intervenções artísticas. Quem não quiser acompanhar as conversas pode visitar a casa em qualquer momento. Diariamente, às 15h, o Bar do Bico, que remete a um texto de Cartas de um Sedutor, abre suas portas e oferece um cardápio inspirado em Hilda – o Manhattan, seu drink preferido, está garantido. E quem quiser mais agito é só chegar 20h, quando os microfones serão abertos, livros descerão pelo teto e o público será convidado a ler trechos da obra de Hilda ou falar sobre sua relação com a autora. Os organizadores também planejam intervenções com convidados nesses saraus.

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