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Fluxo de veículos no litoral aumenta em 40% no veraneio

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ESTREITO - Avanço do cajueiro de Pirangi na pista tem gerado grandes engarrafamentos nos fins de semanaEstradas estreitas, mal sinalizadas, sem acostamento ou iluminação adequada. Esses são alguns dos problemas enfrentados pelos turistas que chegam ao Estado para as férias deste verão. Falta estrutura no litoral norte-rio-grandense para acomodar o aumento de cerca de 40% no fluxo de veículos nesta época do ano. De acordo com o subcoordenador de Fiscalização de Trânsito do Detran, Paulo Roberto de Castro, esse percentual equivale a um aumento de aproximadamente 2.500 veículos por dia circulando nos litorais sul e norte do Estado.

Segundo Paulo Roberto, esse acréscimo se deve não só ao grande número de turistas que visitam o Estado, mas também aos natalenses que se deslocam para as praias para veranear. De acordo com o subcoordenador de Fiscalização de Trânsito, os pontos mais críticos são as praias de Pirangi e Pipa, as mais procuradas do litoral Sul.

No último final de semana, devido ao show ocorrido no Circo da Folia, em Pirangi, a fila de veículos se estendeu até o início da praia de Cotovelo. Para enfrentar esses congestionamentos gigantes nas rotas litorâneas, turistas e natalenses vão precisar mesmo é de muita paciência e bom humor. “Não há como reverter de imediato esses engarrafamentos, uma vez que existe um problema de espaço devido à própria geografia do local, impedindo a ampliação da infra-estrutura viária”, explica Paulo Roberto.

Segundo ele, “num dos pontos onde o trânsito fica mais lento, que é a praia de Pirangi, os congestionamentos se formam devido ao Cajueiro, que a cada ano cresce mais e não pode ser podado, já que é uma das principais atrações turística do Estado, além disso, não há espaço para construção de acostamentos ou estacionamentos, devido às residências que se localizam muito próximas às estradas. Outro fator é que a praia é um local freqüente de embarque e desembarque de passageiros de ônibus de turismo”, comenta.

De acordo com o subcoordenador, o Detran tenta contornar o problema instalando uma sinalização adequada, com placas proibindo a parada ou o estacionamento de veículos, no entanto, essas placas são constantemente retiradas dos locais, dificultando o trabalho do órgão.

Segundo números da Secretaria Estadual de Turismo, em 2006  o Rio Grande do Norte recebeu cerca de 400 mil turistas durante os meses da alta estação, sendo 144.818 visitantes apenas no mês de janeiro.

De acordo com a universitária Jéssica Galvão, que veraneia na praia de Tabatinga, “um trajeto que normalmente levaria 30 minutos de carro, nesta época, demora em média uma hora, o que desmotiva qualquer passeio”.

Para amenizar os problemas causados pelo aumento no fluxo de veículos nas praias do litoral, o Governo do Estado, através do Detran, realiza em conjunto com o CPRE – Comando de Polícia Rodoviária Estadual – a Operação Verão, que este ano foi dividida em duas campanhas: uma de educação e conscientização no trânsito e outra de fiscalização ostensiva.

Segundo o capitão Cláudio Augusto, chefe do Setor de Tráfico do CPRE, há quatro viaturas realizando a fiscalização no litoral, além de uma equipe formada por sete pessoas responsável pela campanha educativa. “Em média são abordados 150 veículos por dia no decorrer dos 210 km da operação, que se estende de Maxaranguape até a à Praia de Sagi”, diz.

Trânsito piora durante fins de semana

Em Pirangi, segundo o buggeiro Moackom Reacon, de 36 anos, o trânsito fica ainda mais complicado nos fins de semana.  “As vias de acesso ao litoral Sul estão muito estreitas para a quantidade de veículos que circulam na região. Semana passada, demorei  45 minutos para ir de Tabatinga à Pirangi. Normalmente, faria o trajeto em 15 minutos.”

Para o orientador turístico Moisés do Nascimento, o problema ocorre devido à falta de desvios de vias. Mas, segundo o sargento da Polícia Militar Djalma Barbosa, os policiais agem durante todo o dia para diminuir os congestionamentos. “Mostramos as melhores opções de desvios aos motoristas”.

Outra reclamação foi devido às blitzen de rádios que ocorrem em frente ao Circo da Folia. “O trânsito está intenso e não é só pelo aumento do fluxo. No sábado passado (13), em frente ao circo havia autorização para blitz das rádios. Assim, uma pista ficou dedicada à distribuição de brindes”, afirmou o promotor comercial Alexandre Netto.

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