quarta-feira, 24 de abril, 2024
29.1 C
Natal
quarta-feira, 24 de abril, 2024

Foliaduto: Imagem gravada vai ajudar na apuração

- Publicidade -

As investigações sobre o foliaduto, as denúncias de que a Fundação José Augusto pagou quase R$ 2 milhões por shows que não foram realizados no réveillon de 2005 e no carnaval desse ano, continuam sendo feitas sob sigilo do Ministério Público e da Polícia Civil. No entanto, surgem informações de que as gravações feitas pelo sistema de vídeo da Caixa Econômica Federal, em uma agência de Macaíba, já foram solicitadas pelo MP.

Como conseguiu a autorização para quebra de sigilo bancário da conta da empresa FC Produções e Eventos, de propriedade de Fabiano Motta, onde os depósitos dos supostos shows foram feitos, ficaria fácil identificar as pessoas que fizeram os saques desta conta, bastando confrontar a data do saque com as imagens feitas. A conta de Fabiano Motta está cadastrada num posto de atendimento na cidade de Macaíba. Já a empresa M A Produções e Eventos, de propriedade de Marcelo Costa e que tem o mesmo Fabiano como procurador, tem uma conta numa agência do Banco do Brasil da capital. O promotor Fernando Vasconcelos disse que a investigação continua sob sigilo e não confirmou se convocará novas pessoas para depor. “Esse sigilo não vai demorar muito”, comentou o membro do Ministério Público.

O titular da Delegacia do Patrimônio Público, Antônio Teixeira Júnior, confirmou que ouviu novas testemunhas no caso do foliaduto. “Mas como o processo está em sigilo e as pessoas pediram para não terem divulgado o nome, nada podemos dizer”, explicou. Ele disse que ainda não marcou a acareação entre o ex-coordenador do Gabinete Civil Ítalo Gurgel e o ex-coordenador financeiro da Fundação José Augusto, Haroldo Sérgio Meneses, porque aguarda a chegada de novos documentos que serão enviados pelo MP. Em depoimento ao delegado, Haroldo Meneses disse que Ítalo Gurgel era responsável pela operacionalização do foliaduto. Já Ítalo negou qualquer envolvimento no caso.

Enquanto o MP e a Polícia trabalham em segredo, o advogado de defesa traça uma estratégia para tentar quebrar o sigilo e ter acesso as investigações. André Augusto de Castro, que defende Fabiano Motta e Marcelo Costa, disse que está estudando um “remédio jurídico” para ter acesso ao processo. “Não podemos fazer qualquer declaração sem antes saber do que os meus clientes estão sendo acusados”, comentou o advogado. Como a TRIBUNA DO NORTE já constatou que Marcelo Costa é desempregado, analfabeto e sem teto, André Augusto foi questionado sobre quem está pagando seus honorários. “Isso eu não posso dizer. Você não é da Receita Federal”, respondeu ele.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas