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Fora da Série B

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VICENTE ESTEVAM – INTERINO [[email protected]]

Em julgamento realizado ontem, o STJD decidiu pela exclusão do Icasa, da Série B do Brasileiro. O motivo foi que o clube, alegando que o Figueirense usou um jogador irregular numa partida da segundona do ano passado, queria a vaga dos catarinenses na divisão de elite. Por ter recorrido à Justiça Comum, os cearenses foram jugados com base no artigo 231 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): “Pleitear, antes de esgotadas todas as instâncias da Justiça Desportiva, matéria referente à disciplina e competições perante o Poder Judiciário, ou beneficiar-se de medidas obtidas pelos mesmos meios por terceiros.” A pena para este artigo é a “exclusão do campeonato ou torneio que estiver disputando, e multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais)”. No caso, o Icasa foi punido também com R$ 50 mil reais.

Restrito
Pelo que podemos ver neste momento, olhando a tabela de classificação da Série B, o bom desempenho dos clubes nordestinos, por enquanto está restrito a Copa do Brasil. No Brasileirão, o único quem vem demonstrando a mesma saúde da outra competição nacional é o Ceará, que chegou a liderar a segundona por algumas rodadas e, agora, caiu para segunda posição. Depois do vovô os demais nordestinos aparecem todos amontoados entre a nona e a 14ª colocações. Pela sequência vemos Náutico (9º), Sampaio Correa (10º), ABC (12º), Santa Cruz (13º) e América-RN (14º). A diferença máxima entre eles é de três pontos.

Ameaça real
A Federação Norte-riograndense de Futebol (FNF) pode ficar impedida de realizar a segunda divisão do futebol potiguar na atual temporada. O motivo é a falta de estádio para abrigar os jogos das equipes do interior que estão dispostas a participar da competição. O Nazarenão (Goianinha), Marizão (Caicó), Luís Rios Bacurau (São Gonçalo do Amarante) e Coronel José Bezerra (Currais Novos) estão todos interditados o que impede as equipes que mandavam jogos nessas praças de se inscrever na competição. O regulamento diz  que, no ato da inscrição, o clube deve apontar a praça onde pretende mandar seus jogos e as mesmas devem estar de acordo com as normas mínimas de segurança exigidas pelo Estatuto do Torcedor.

Erro
A diretoria do ABC, que já iniciou as vendas antecipadas para o jogo decisivo contra o Vasco na próxima terça-feira, na Arena das Dunas, corrigiu o preço dos ingressos para o setor de cadeiras Premium. O valor promocional praticado para o setor é de R$ 80 a inteira e R$ 40 idosos e estudantes. Os ingressos a preços promocionais estão à venda no site da Arena das Dunas (www.arenadunas.com.br), nas bilheterias do estádio Frasqueirão, ABC Store, SterBom (Nordestão do Santa Catarina), Livraria Câmara Cascudo (Centro), Lojas do Colchões OrtoBom (Natal Shopping) e também a partir de segunda-feira nas bilheteria da Arena das Dunas.

Mau exemplo
Os torcedores do Grêmio vêm dando uma aula daquilo que não se deve fazer numa arquibancada de estádio. Recentemente no clássico contra o Internacional no Beira-Rio, além de depredar algumas partes do estádio do rival, cantou músicas achincalhando com Fernandão, ídolo colorado morto em acidente de helicóptero no início de junho, e agora, um grupo pequeno, mas representativo, promoveu o crime de racismo contra o goleiro Aranha do Santos, em confronto na Arena Grêmio. Num cenário em que o mundo todo se volta contra esse tipo de preconceito no esporte, o tricolor deve pagar um preço alto pelo mau comportamento dos seus torcedores. “Macaco” e “O Fernandão morreu”. Em duas semanas, a torcida do Grêmio gritou o que há de mais funesto no nosso vocabulário.

Problemas
A torcedora do Grêmio flagrada pelo cinegrafista da ESPN xingando o goleiro Aranha de “macaco” na partida contra o Santos foi identificada e afastada do emprego. Patrícia Moreira que teve a imagem divulgada para o mundo, é funcionária de uma cooperativa que presta serviço à Briga Militar gaúcha, lotada no Centro Médico e Odontológico da corporação. Esse é apenas um dos problemas que a moça vai começar a enfrentar, pois além disso deve responder processo por racismo qualificado e, se condenada, passar alguns anos na cadeia, uma vez que o crime é considerado hediondo, portanto  inafiançável. Talvez fora de um ambiente de estádio, ela não cometesse essa insanidade e acabou sendo vítima do perigoso “efeito manada” e do Big Brother que se tornou a vida dos torcedores. Hoje é difícil fazer algo escondido nos estádios, pois tem sempre uma câmera apontada em sua direção.

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