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Fora do roteiro

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Lydia Medeiros

Tudo mudou. Desde o pessimismo da sexta-feira, quando praticamente enterrou a reforma da Previdência, Rodrigo Maia participou de duas reuniões com Michel Temer e partidos governistas. Encontrou empresários. E emergiu confiante — “realista”, corrigiu. O presidente da Câmara assumiu a tarefa de aprovar a reforma. Ganhou de Temer autorização até para nomear ministros. Se for bem-sucedido, pode vir a encarnar, na avaliação de aliados, o rosto que, em 2018, oferecerá expectativa de poder à massa de partidos centristas que hoje está no governo. O PSDB de Geraldo Alckmin não os une mais. Mas, enquanto Maia trabalha e nega qualquer plano de chegar ao Planalto, o ministro da Fazenda revela seus sonhos.

Oportunidade perdida
O governo perdeu um dos seus maiores trunfos para barganhar apoio no Congresso à reforma da Previdência. O empenho (promessa de pagamento) das emendas parlamentares obrigatórias deixou de ser tão interessante para os deputados. Isso porque o governo tem, necessariamente, que empenhá-las até o último dia do ano. “Ninguém mais tem pressa, porque tem a certeza de que garantirá a verba até o fim de dezembro”, conta um deputado governista.

Postal do Cerrado
Visionário ou preguiçoso, o PSDB do Distrito Federal está alinhado ao novo momento do partido, fora do governo Temer. A fachada da sede ainda estampa o slogan de Aécio Neves lançado em 2015, após a derrota eleitoral: “Oposição a favor do Brasil”.

Duas visões
O impacto do Simples Nacional na economia será avaliado hoje no Senado. Em 65 páginas, o relator, José Pimentel (PT-CE), conclui que esse tipo de tributação gerou 11 milhões de empregos em dez anos e não pode mais ser tratado como experimento no país. As conclusões são bem diferentes daquelas expostas pelo Banco Mundial, em amplo estudo sobre o gasto público divulgado recentemente. Para o Bird, o Simples gera perdas de receitas de cerca de 1,2% do PIB, é caro, não contribuiu para a formalização da economia e precisa ser modificado.

Fica para o próximo
A proposta do deputado Miro Teixeira que estabelece eleições diretas em caso de vacância da Presidência até seis meses antes do fim do mandato será votada amanhã na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Rodrigo Pacheco, presidente da CCJ, foi pressionado pelos colegas a pautar o projeto. Ele é candidato ao governo de Minas e comandou as sessões que salvaram Michel Temer no colegiado. Mesmo aprovada, porém, a norma não terá qualquer efeito sobre o presidente. Precisa ainda passar por comissão especial e dois turnos de votação em cada Casa.

Portas do inferno
O desempenho do presidente do PTB, Roberto Jefferson, no jantar de Michel Temer, domingo, chamou a atenção. Num discurso forte e efusivo, prometeu ser duro com aqueles que votarem contra a reforma da Previdência. Disse que não haverá perdão aos “pecadores” e que, na “janela” para mudanças de partido, em março, o PTB não aceitará filiações de deputados que rejeitarem a reforma. “Nosso partido não desfruta desse mesmo centralismo democrático que tem o PTB”, brincou o líder do PR, José Rocha.

Mais um Luciano
O Solidariedade espera filiar o ator Luciano Szafir na semana que vem. O partido fará pesquisas sobre suas chances eleitorais. A primeira ideia é que ele se candidate ao Senado pelo Rio.

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