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Forças do governo e rebeldes se enfrentam nas ruas sírias

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Beirute (AE) – Sangrentos confrontos entre tropas do governo e rebeldes nos subúrbios próximos à capital da Síria e em vilas ao sul do país deixaram pelo menos 20 mortos ontem, dentre eles nove soldados, informaram ativistas. Com a violência na Síria se tornando cada vez mais caótica, aumentam os esforços diplomáticos na Organização das Nações Unidas (ONU) para encontrar uma solução para a crise. Em Nova York, um funcionário do Departamento de Estado disse que os Estados Unidos estão “cautelosamente otimistas” em relação ao apoio para uma nova resolução no Conselho de Segurança condenando o derramamento de sangue na Síria e pedindo a transição política no país.

O funcionário disse que o esboço de resolução proposto na noite de quinta-feira pelo Marrocos provavelmente abriria o caminho para a votação neste final de semana, já que atenderia às exigências da Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança e é aliada da Síria. O funcionário falou em condição de anonimato em razão da natureza sensível da questão. “Do nosso ponto de vista, esta resolução dá total apoio ao povo sírio e à Liga Árabe”, disse a fonte.

O conflito sírio tem se tornado cada vez mais militarizado nos últimos meses, na medida em que desertores militares se uniram aos opositores de Assad e formaram uma guerrilha. A resistência armada por sua vez resultou em ataques mais fortes do regime em áreas onde os desertores estão baseados.

No início desta semana, tropas sírias apoiadas por tanques, retomaram um cinturão rebelde no subúrbio a leste de Damasco em ferozes confrontos com soldados rebeldes.  Quarta-feira,  confrontos similares no subúrbio de Daraya, a noroeste de Damasco, e nas montanhas próximas à capital, deixaram sete civis mortos, informaram ativistas. Nas cidades de Jassem, Kfarshams e Nawa, na província de Deraa, ao sul, confrontos deixaram pelo menos nove soldados mortos e vários feridos, de acordo com informações do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres. 

No Egito, a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e disparou balas de chumbinho contra manifestantes que jogavam pedras nas ruas do Cairo. Foi o segundo dia de violência nas ruas da capital egípcia após o tumulto durante um jogo de futebol, na quarta-feira, que deixou 74 mortos. Somente ontem, quatro pessoas morreram e 1.500 ficaram feridas em todo o país, informaram autoridades. Ontem, os manifestantes tomaram as ruas no Cairo, Alexandria, Suez e várias cidades do delta do rio Nilo. Mas as grandes manifestações ocorreram na capital, onde manifestantes usando capacetes e máscaras de gás abriram caminho pelas ruas cheia de gás lacrimogêneo na direção do Ministério do Interior, alvo frequente de manifestações porque é responsável pela polícia.

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