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Fornecedor da Sesap presta depoimento

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Fornecedor das sapatilhas, toucas e aventais para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) durante a pandemia em  2020, o sócio da empresa Leão Serviço e Comércio, Paulo Ricardo Leão Ansel informou à CPI da Covid-19 que todo o quantitativo de equipamentos de proteção individual negociados “foram entregues na sua totalidade e com nota fiscal atestada”. Mas chamou a atenção, divergências de informações sobre a forma como se modificou a referência de gramatura – de 50 para 30, das sapatilhas que seriam usadas por profissionais de saúde.
Deputados da CPI da Covid ouvem depoimento de fornecedores
O empresário Paulo Leão Ansel disse que, inicialmente, houve uma primeira proposta de entrega de sapatilhas com gramatura 50, mas a própria empresa propôs a mudança de gramatura, justificando que a gramatura 50 “não existia mais no mercado, e foi aceito que entregasse de 30 devido o estado de calamidade”. Como testemunha, Leão reafirmou que na primeira entrega foram entregues sapatilhas de gramatura 50, mas posteriormente, “quando faltou a matéria-prima” foi entregue a de 30 devido a falta do produto no mercado.
A uma pergunta do deputado Gustavo Carvalho (PSDB) se antes  de entregar os itens, a empresa havia comunicado à administração pública a entrega de sapatilhas distintas daquela que foi apresentada na proposta inicial, tendo Leão respondido, como falara anteriormente, que mandou uma justificativa e ofício por e-mail, que “ficou para análise e posteriormente, um mês depois, definiram que aceitariam, porque não tinham sapatilhas e me mandaram o empenho para fornecimento do produto” no valor da cotação.
Gustavo Carvalho considerou como “importante”, uma resposta do empresário negando ter recebido alguma informação de servidores da Sesap de que a  mudança no termo de referência das sapatilhas, tinha ocorrido por erro de digitação, como foi informado anteriormente à CPI.
 O deputado George Soares (PL) disse ficou contemplado com a maioria das perguntas e respostas feitas, inclusive ”em saber que a recebeu e-mail da cotação de preços através do Ministério Público”.  O presidente da CPI da Covid-19, deputado Kelps Lima, expôs que não tem nos autos, a entrega de sapatilhas de gramatura 50. “O que tem nos autos é uma alegação da Sesap, de que houve um erro de digitação e que foi corrigido, é uma história absolutamente diferente da que foi contada hoje (ontem), não estou dizendo que a sua é mentira, mas vamos solicitar documentos, porque alguém não está dizendo a verdade”, declarou o parlamentar.
Segundo Lima, no primeiro momento “ninguém falou que foi erro de digitação”, depois foi dito na CPI, que houve erro de digitação e foi corrigido, como também existem três pareceres nos autos não recomendando a contratação da Leão Serviço e Comércio – “um pela dúvida da capacidade de entrega, depois pedindo a desclassificação porque a gramatura estava equivocada, e o senhor trouxe uma terceira versão, mas há de comprovar – sob pena de quebra do seu sigilo telemático, telefônico e bancário, já estou dando as consequências, porque precisamos dos emails que comprovam as suas alegações”.
Lima informou que propôs uma acareação entre Paulo Leão e Ralfo Cavalcanti Medeiros, que foi diretor da Unidade de Apoio à Saúde, na Unicat, para a confirmação de informações consideradas contraditórias. Durante a inquirição, Paulo Leão não soube dizer,  no momento, qual era o percentual de sua participação societária na empresa – que negociou R$ 1,33 milhão com a Sesap, e nem o pro labore dele ou da sócia Thássila dos Santos Bezerra, que será chamada a depor na quinta-feira (09), porque o presidente da CPI não abriu mão de sua oitiva. 
Paulo Ricardo Leão Ansel, que veio de João Pessoa (PB), onde reside e voltaria no mesmo dia, substituiu a sócia  Thássila dos Santos Bezerra, mas a CPI não abriu mão do depoimento dela, que será ouvida na quinta-feira (09). 
Na sessão de ontem, a nona em praticamente um mês de trabalho da CPI da Covid-19, foi aprovada a pauta das oitivas para as próximas reuniões. Na quarta-feira (08) serão ouvidos Daniele Nascimento dos Santos, assistente técnica da Sesap pela contratação de empresa de pesquisa do Piauí; Fernando Aguiar de Figueiredo, presidente da ASSINP/RN (Associação Institutos de Pesquisas do RN); Neuma Lúcia de Oliveira, coordenadora de promoção à saúde da Sesap, sobre a contratação de empresa de pesquisa do Estado do Piauí
Na quinta-feira (09) as oitivas de José Reinaldo Coelho Peixoto, procurador de uma empresa fornecedora de sacos de lixo. A pedido do deputado Gustavo Carvalho que fez denúncias na Assembleia sobre o tema da contratação de ambulâncias, foi adiado depoimento para a terceira semana de setembro a oitiva  Valquíria da Nóbrega, da Sesap e Alexandre Barbosa Alves, da empresa ServSaúde.

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