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Fotografia pela cidade

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A fotografia tem ganhado cada vez mais relevância em Natal. Seja documental ou poética, colorida ou em preto e branco, de paisagem ou retrato, as imagens capturadas através do obturador das câmeras estão figurando com frequência em mostras coletivas e individuais, atraindo um público novo para alguns importantes espaços expositivos da cidade.

Retrato de índia, registro da fotógrafa Meysa Medeiros, estará no Museu Câmara Cascudo

Retrato de índia, registro da fotógrafa Meysa Medeiros, estará no Museu Câmara Cascudo

Reflexo desse bom momento que a fotografia vive na capital potiguar é a Feira de Fotografia do Museu Câmara Cascudo, que a cada nova edição tem seu público ampliado. Criado com a proposta de servir como um espaço de exposição, mas principalmente de comercialização de obras, o evento têm apresentado uma mostra da diversidade de trabalhos feitos na cidade.

Segundo o produtor cultural do Museu Câmara Cascudo, Ayrthon Medeiros, a ideia de explorar a fotografia com mais empenho na instituição surgiu em maio deste ano, durante a Semana de Museus, e em decorrência da boa aceitação do público foi estendida. “Exposições de fotografia, com espaço para venda, ainda são raras na cidade. Apostamos nessa ideia e obtivemos uma ótima resposta dos visitantes.  A fotografia está muito presente no cotidiano das pessoas. Então falar dessa linguagem no museu, dentro de uma abordagem contemporânea, é algo importante”, comenta.

Neste sábado (16) e domingo (17), a feira chega a sua terceira edição reunindo 18 artistas convidados e promovendo oficinas. A programação é gratuita (com exceção de algumas oficinas) e acontece das 14h às 20h, nos dois dias.

Dentre os convidados estão potiguares e paraibanos, entre os quais Henrique José, João Mria Alves, Leila Lima, Meysa Medeiros, Carla Belke, Antonio Carlos Alencar, Ricardo Morais. Os trabalhos abordam os mais diversos assuntos, desde temas etnográficos até olhares poéticos, passando por paisagens urbanas e retratos. Cada fotógrafo terá seu espaço expositor e os formatos de impressão variam entre posters, prints, cartões postais, livros e quadros. Há trabalhos de todos os preços, indo de R$ 10 até 1 mil.

“Desta vez vamos ocupar a primeira sala do museu, desocupada desde o fim da exposição sobre Chico Santeiro. A maioria dos fotógrafos está expondo na feira pela primeira vez. Cada artista estará presente com seus trabalhos e o público poderá ter um contato direto com eles”, explica Ayrthon Medeiros.

Para os interessados em aprofundar conhecimentos, a Feira oferece nesta edição as oficinas “Percepção e criatividade fotográfica com Smartphone”, com Ricardo Morais, “Flash criativo – Como usar seu flash da câmera e o de mão”, com Elisa Elsie do Duas Estúdio, e “Fotojornalismo”, com João Maria Alves. O evento ainda conta com o Espaço Lambe-Lambe. Criado pelo fotógrafo pernambucano Rodrigo Costa, o projeto é inspirado nos lambe-lambe de rua, mas realizado com equipamentos modernos, como luzes de estúdio, lentes e câmeras profissionais.

De acordo com  Ayrthon Medeiros, o Museu Câmara Cascudo está empenhado em dar continuidade à feira no ano de 2018. “Temos planos de manter a feira. Na segunda edição chegamos a ter uma visitação na média de 800 pessoas por dia. É um resultado muito positivo. Agora queremos ampliar as atividades para além do comércio, com debates e mais oficinas”, conta o produtor cultural.

Um encontro de Três Rios

Fotógrafa e Procuradora do Estado, a potiguar Leila Cunha Lima uniu num mesmo trabalho belas paisagens de norte a sul do Brasil. No caso, ela focou em três estados que têm em comum o Rio no nome: Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Os registros documentais podem ser vistos na exposição “Três Rios”, montada no Espaço Cultural da Justiça Federal RN (Lagoa Nova).

Segundo a fotógrafa, a proposta da exposição é propiciar aos visitantes uma viagem pelo que de mais belo esses três estados brasileiros oferecem. “Três Rios” é o nono trabalho da potiguar a partir de viagens, cujo objetivo é o registro de paisagens naturais. A exposição foi aberta ao público no dia 4 de dezembro e fica em cartaz até o dia 19 deste mês. As visitas podem ser feitas no horário de expediente da Justiça Federal, com entrada gratuita.

Registro documental sobre Macau
Apaixonado por fotografia desde os 15 anos, o jovem fotógrafo natalense João Oliveira, hoje com 21 anos, tem na linguagem documental seu principal caminho para apresentar os traços culturais do povo brasileiro. Foi esse interesse que o levou a mergulhar intensamente no cotidiano da cidade de Macau, na Costa Branca do RN, por meio do seu projeto “Macau: Sal e Sangue”. Nesta quinta-feira (14) o fotógrafo revela a primeira parte desse trabalho em exposição homônima montada na Galeria Câmara Clara (Capim Macio). A vernissage começa às 19h, com entrada gratuita.

A individual é composta por 28 trabalhos produzidos na primeira expedição fotográfica à Macau, cidade escolhida devido às raízes familiares de João. Os registro foram realizados em 2015 e abordam a relação das pessoas da região com as grandes faixas de mangue que cercam a cidade.

A programação da noite de abertura da exposição ainda conta com apresentação de flauta do músico Danúbio Gomes, sarau em homenagem a literatura macauense com participação dos poetas Giovana Paiva, Alfredo Neves e João Vicente, além de roda de coco puxada pelo grupo Coco Catimbozado.

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