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Fragilidade exposta

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Itamar Ciríaco
Editor de Esportes

“Em Natal, as bases institucionais para o esporte ainda são bastante frágeis”. Esta é uma das conclusões do primeiro relatório Cidades do Esporte, divulgado esta semana pela ONG Atletas do Brasil, criada em 2006, que reúne  atletas e ex-atletas de diferentes gerações e modalidades, com a missão de melhorar o esporte para melhorar o País. Nomes como Ana Moser (Presidente), Ida, Nelson Aerts (Neco), Patrícia Medrado, Raí, William Machado, Gustavo Borges, Magic Paula e o potiguar Clodoaldo Silva fazem parte da entidade.
A quadra de esportes do Conjunto Neopólis sofre com a falta de manutenção, mas ainda assim, continua sendo utilizada pelos moradores do bairro diariamente
Em 2011, a ONG propôs ao País, como legado dos megaeventos esportivos (Copa e Olimpíadas) metas (ver quadro na página) para o desenvolvimento do esporte. No ano seguinte, os prefeitos eleitos assinaram um compromisso com esses objetivos. Natal está entre as cidades que subscreveram o documento.

#SAIBAMAIS#De acordo com a ONG, o objetivo dessa primeira fase foi definir e iniciar um processo de monitoramento periódico de indicadores e políticas esportivas nas cidades que foram sede da Copa do Mundo de 2014. A finalidade seria apresentar um diagnóstico inicial do acesso ao esporte nas cidades participantes e  oferecer subsídios para o planejamento de ações voltadas  para a promoção da atividade física e esportiva nesses municípios.  Espera-se, assim, permitir um balanço do contexto  do esporte em cada cidade-sede e das ações que elas desenvolvem atualmente.

Nesse contexto, o relatório pintou um quadro preocupante em relação ao desenvolvimento do esporte na capital potiguar, apesar de apontar que os números apresentados também merecem ressalvas devido ao baixo índice de respostas por parte da Secretaria de Esportes do Município, responsável pelo preenchimento dos questionários.   “Fato que deve ter tido influência no baixo índice de respostas às perguntas sobre infraestrutura e equipamentos e, também, às questões relacionadas aos programas, projetos e práticas. As dificuldades encontradas durante o processo de coleta de dados no município são reflexos dos desafios enfrentados por uma nova gestão, que ainda não havia superado as dificuldades de articulação entre as secretarias e de identificação das possíveis fontes dos dados no âmbito da prefeitura”, descreve o documento. A cidade não apresentou números referentes ao orçamento do esporte, pessoal, infra estrutura, entre outros.

Apesar dos elaboradores do estudo elogiarem o esforço do secretário Luiz Eduardo Machado, interlocutor do processo, o documento elaborado pela ONG aponta que a secretaria não possui estrutura de pessoal suficiente para funcionar de forma adequada. “Houve um esforço por parte do articulador e sua equipe para a busca de informações, aliado a todo o trabalho interno de estruturar e executar um plano de ação, viabilizando programas e projetos para a pasta do esporte no município”, testemunha o relatório.

A Atletas do Brasil aponta que Natal não possui um marco institucional consolidado na área do esporte e atividade física. Embora possua Secretaria Municipal dedicada ao tema, inexistem Conselho Municipal de Esporte, Fundo Municipal do Esporte, Lei Municipal de Incentivo ao Esporte, bem como planos municipais de esporte e mobilidade aprovados pela Câmara Municipal.

O relatório ainda aponta que: “A rede municipal de Natal possui 72 escolas, segundo o questionário. Destas, 95,8% possuem pátio externo para atividade física; 76,4% têm quadra poliesportiva externa; 56,9%, quadra coberta ou ginásio; e 5,6%, pátio coberto para realização de atividade física”.

Os números informados por Natal para o documento da ONG informa que a cidade possui 15 praças com espaços de recreação infantil e 94 com quadra poliesportiva, além de três parques com equipamentos de ginástica. A cidade ainda diz ter 15 quilômetros de ciclovias e 6,5 quilômetros de ciclofaixas e informou que cerca de 50% das calçadas possuem boas condições de mobilidade.

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