Elaborado como uma peça de teatro, com prólogo, atos e epílogo, “Fragmentos de Maria”, da poeta potiguar, e radicada no Rio de Janeiro, Maria Dolores Wanderley, chega às livrarias de Natal a partir de hoje, com lançamento às O19h, na livraria Siciliano, no shopping Midway Mall, com participação do cantor Sueldo Soares. A autora sugere uma leitura leve voltada para os subtítulos “Maria”, um dos seus preferidos atos deste livro; “A Cidade”, que remete ao Rio de Janeiro e sendo uma das passagens preferidas do poeta Alexei Bueno; “A Menina”, “O Chão”, e “O Pensamento”, com referências à geologia, área de sua atuação profissional. A cidade que fala no livro é o Rio de Janeiro, onde vive há 20 anos; o Chão são as referências da poeta, ou seja, o que a prende, o que impede a total invenção. O Pensamento “é a surpresa das Marias”, como diz. A referência à geologia partiu de um trabalho realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde leciona, dentro de um projeto de divulgação científica intitulado de “Ciência para poetas”.
Com o intuito de aproximar poesia e geologia – esta vista por qualquer leigo, apenas como natureza -, nasceu o projeto no qual poetas conheciam melhor a geologia e os geólogos, a poesia. “A geologia é a natureza e o poeta tem um olhar para isso”, afirma, mostrando uma sensibilidade que pode ser bem específica já que atua nas duas áreas.
“Fragmentos de Maria” é o quarto livro da autora. Publicou “Rumores de Azul” (2001), “Mar Espesso” (2003), e “A Duna Intacta” (2006), este último com resenha de Igor Fagundes publicada no Jornal Rascunho. Teve ainda poemas publicados nas revistas Poesia Sempre, da Biblioteca Nacional, Poesia Viva da Editora UAPÊ, Ciência para Poetas, da Casa da Ciência; nos jornais Rascunho e Panorama da Palavra. Morando no Rio de Janeiro há cerca de 20 anos, Dolores vê um certo “florescimento no cenário da poesia” e cita alguns contemporâneos, como Paulo Henriques Britto, Alexei Bueno, Carlito Azevedo, como exemplos.
