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França reforça segurança no sistema de transporte

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Paris (AE) – Autoridades francesas receberam informações sobre uma possível ameaça de segurança aos sistemas de transporte do país, confirmou ontem uma fonte próxima do Ministério do Interior. “Trata-se de uma ameaça que, acreditamos, tenha como alvo os transportes”, disse a fonte, sem revelar maiores detalhes, exceto que o aviso foi feito às 5h (horário local, 2h em Brasília) na quinta-feira passada. O ministro do Interior Brice Hortefeux afirmou ter recebido informações específicas sobre uma ameaça crescente.

Indiferente à ameaça terrorista,  Sarkozy discursa na ONU e defende taxa para salvar o meio ambienteNa semana passada, sete estrangeiros, dentre eles cinco francesas, foram sequestrados por supostos militantes da Al-Qaeda numa cidade próxima a uma mina de urânio no Níger e a Torre Eiffel foi evacuada após uma ameaça de bomba. O chefe da Direção Central dos Serviços de Inteligência Interiores (DCRI), Bernard Squarcini, disse na semana passada que a França nunca enfrentou uma grande “ameaça terrorista”.

Militantes divulgaram uma série da ameaça contra a França nos últimos meses. Tropas francesas combatem no Afeganistão e em julho comandos franceses participaram de um ataque contra uma base da Al-Qaeda no Mali que resultou na morte de sete militantes. Neste mês, os parlamentares franceses votaram a favor da proibição do uso de véus que cobrem todo o rosto pelas mulheres.

Indiferente às ameaças terroristas, o presidente Nicolas Sarkorky foi ontem à Conferência Organização das Nações Unidas  sobre as Metas de Desenvolvimento do Milênio e defendeu a cobrança de uma pequena taxa sobre transações financeiras durante a Conferência da O objetivo da taxa seria o financiamento do desenvolvimento global. Sarkozy propôs o aumento de 20% na ajuda internacional aos países mais pobres nos próximos 3 anos, como maneira de atingir as metas para a redução da pobreza no mundo até 2015.

“Por que não deveríamos chamar a indústria financeira para participar da estabilização do mundo?”, questionou ele durante um discurso. Sarkozy, o primeiro líder a falar durante a reunião, também disse que a França vai aumentar suas contribuições ao fundo da ONU para malária e aids em 20%. A ONU reconhece que, mesmo que nos próximos cinco anos seja atingida a meta de cortar a pobreza extrema pela metade, cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo ainda viverão com menos de US$ 1,25 por dia. Sarkozy disse que se a crise econômica é severa nos países ricos, “suas consequências são ainda piores nos países pobres”. Segundo ele, os países ricos deveriam ajudar os pobres, especialmente os países africanos. Sarkozy recebeu o apoio do primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, o qual também pediu pela adoção de uma taxa às transações financeiras internacionais para lutar contra a pobreza.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu a cúpula com um pedido aos presidentes, primeiros-ministros e reis que usem o poder para cumprir as metas de redução da pobreza até 2015. Dez anos após os líderes mundiais terem estabelecido metas ambiciosas para reduzir a pobreza mundial, eles se reuniram novamente para traçar estratégias para conseguir cumprir esse objetivo até 2015. Os líderes, em 2000, se comprometeram em reduzir a pobreza extrema pela metade, garantir que todas as crianças tenham educação primária, impedir o avanço da pandemia de Aids, reduzir a mortalidade materna em três quartos e a mortalidade infantil em dois terços. Os objetivos adicionais tinham em mente cortar pela metade o número de pessoas sem acesso a água potável e saneamento básico – tudo até 2015. Eles também fixaram metas para promover a igualdade entre os gêneros, proteger o meio ambiente, aumentar a ajuda para o desenvolvimento e abrir os sistemas comercial e financeiro dos países.

“Nós temos agora resultados verdadeiros. Novos caminhos nas parcerias público-privadas. Um aumento dramático nas matrículas escolares e um acesso maior à água potável. Melhor controle de doenças e a expansão da tecnologia” disse Ban. Mas ele disse que os avanços são “frágeis” e que “o tempo está passando e precisamos fazer mais”. Segundo ele, ainda é possível atingir as Metas do Milênio até 2015. Mais de 140 líderes mundiais deverão comparecer ao encontro da ONU em Nova York, que irá até a quarta-feira e será seguido pela Assembleia Geral da organização.

“Muitos países falharam com as metas, principalmente na África”, disse Ban. “A desigualdade cresce nos países e entre os países”, alertou o secretário-geral, dizendo que a crise financeira internacional agravou o problema.

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