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Frenesi na transmissão pela tevê

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BURBURINHO - Jagger fez um giro pelo Rio de madrugada

Por Ubiratan Brasil

A Globo tornou-se referência em transmissões de grandes eventos populares. No carnaval e no futebol, a emissora sempre utilizou a mais moderna tecnologia (tanto estrangeira como a desenvolvida por ela própria) para oferecer detalhes ao seu espectador. Não poderia ser diferente na transmissão do já histórico show dos Rolling Stones na Praia de Copacabana, sábado à noite.

Mas, se para acompanhar o samba no pé ou a bola rolando a Globo é craque, para apresentar os gambitos elétricos de Mick Jagger a emissora mostrou que precisa praticar mais. Eram 28 câmeras, entre elas uma instalada em uma lancha e outra em um helicóptero. Parafernália para fã de sofá nenhum botar defeito. O problema foi o frenesi inicial. Como se precisasse ostentar todo seu poderio, a transmissão (dirigida por Carlos Magalhães e supervisionada por J.B. de Oliveira, o Boninho) deixou tonto o espectador, obrigado a enfrentar uma seqüência de imagens-flash, cada uma de no máximo um segundo. Era como se o cidadão que ficou em casa tivesse de conhecer ainda na primeira música tudo o que lhe seria oferecido em quase duas horas de show.

Logo foi possível notar que a câmera instalada na lancha não teria grande serventia – apenas para revelar a quantidade de barcos ancorados próximos à praia. O primeiro grande momento veio com as imagens aéreas. Apesar do show acontecer à noite, a iluminação da praia permitiu acompanhar a extensão da impressionante multidão espalhada pela areia.

Como o grupo, que sentiu logo a força do calor (já na terceira canção, Jagger e seus velhos amigos suavam em bicas), a transmissão também foi se aquietando, o que permitiu ao espectador, agora com fôlego recuperado, acompanhar a apresentação com mais cuidado.

De repente, imagens criativas – como Keith Richards focalizado por uma câmera no chão, que o flagrou entre as pernas de Mick Jagger – começaram a pipocar. Era o padrão global a que estamos habituados.

Foi acertada a decisão de não colocar comentaristas, poupando o público de frases óbvias. Zeca Camargo surgiu apenas na abertura e no encerramento e nos momentos cruciais, para anunciar a parada para os comerciais. O primeiro break veio exatos 40 minutos depois de iniciado o show e durou quatro minutos. Mas não foi um tempo perdido, pois a emissora retomava do ponto em que havia interrompido. Assim, se não terminou ao vivo, a transmissão pareceu integral.

Mick Jagger faz passeio de madrugada no Rio

Por Nilson Brandão Junior

O último dia do Rolling Stone Mick Jagger no Rio terminou agitado, com um giro pela cidade madrugada adentro. Ao contrário dos outros três integrantes da banda, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood, que deixaram o País no domingo à tarde, em direção a Buenos Aires, Jagger preferiu permanecer no Rio.

Passou o dia no Hotel Copacabana, de onde saiu apenas à meia-noite, para um passeio de quase duas horas pela cidade, rumo a três destinos, no centro e Zona Sul da cidade, num automóvel Mercedes-Benz, acompanhado do dono da Osklen, Oskar Metsavaht, e de um comboio formado por outros três carros também blindados da marca alemã, uma van da Chrysler e outra da General Motors, onde se dividiam 18 seguranças particulares.

Vestindo calça jeans e uma camisa azul por fora da calça, Jagger tentou conhecer um pouco do samba. Chegou vinte minutos depois da meia-noite no viaduto que dá acesso ao Sambódromo. O ensaio da Beija-Flor já havia terminado e o roqueiro caminhou uns cinco minutos, em direção ao Terreiro do Samba, viu um pouco de batucada e voltou, em menos de dez minutos, ao carro, para fugir do assédio da imprensa.

Na curta caminhada, acenou para as pessoas. De lá, o comboio partiu para a boate 00, na Gávea. O músico ficou meia hora na boate, onde sentou-se numa mesa com catorze pessoas, entre amigos brasileiros e estrangeiros. Conversou um pouco. Bebeu apenas água. Deixou a boate da Gávea à 1h25 e dez minutos depois já estava entrando na boate Baronetti, no bairro vizinho de Ipanema. Por onde passava, o comboio perseguido pelos veículos da imprensa chamava a atenção.

A presença do astro gerou comoção entre os jovens que estavam junto à boate. A chegada de Jagger e dos cinco automóveis chamou a atenção dos fãs e gerou uma muvuca no lugar. Ele entrou na boate à 1h35, mas deixou o local quatro minutos depois. O roqueiro chegou ao lugar com sorrisos no rosto, aparentando bom humor, mas mudou na saída.

Imprensado na calçada pela aglomeração de pessoas, chegou a gritar duas vezes “Watch out, watch out”, pedindo que seguranças e fãs tomassem cuidado.

Os seguranças reforçaram o cordão de isolamento e não pouparam força física para afastar as pessoas. Perto do astro, a jovem Ayla Gresta, 19 anos, gritava, quase ao mesmo tempo, “Maravilha, maravilha”. Pouco antes das duas horas da madrugada, Jagger já estava de volta ao hotel. Oskar Metsavaht contou que o astro tinha ido dormir. O empresário jantou com o roqueiro e um grupo de amigos antes de saírem para o passeio relâmpago. Contou que Jagger adorou o show da véspera, por causa da vibração do público brasileiro, e disse que foi diferente de qualquer outro da vida dele. Comentou, ainda, que faria um show desses de graça de novo.

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