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Funcarte volta a fomentar o teatro em 2018

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Ramon Ribeiro
Repórter

O ano de 2018 começa com novidades previstas para a área de teatro em Natal. A comissão de Artes Cênicas da Secretaria de Cultura do município (Secult) elaborou um programa de ações a serem promovidas ao longo do ano. A ideia é contemplar diversos pontos que envolve o segmento teatral, como a formação, a produção e a movimentação de espaços alternativos. A previsão é que o programa seja anunciado ainda neste mês de janeiro.

Encenações em espaços alternativos serão fomentados em edital Cena Processo. Acima, a montagem Tratados de mim mesma na infertilidade, contemplado em Edital Rumos Itaú em 2016

Encenações em espaços alternativos serão fomentados em edital Cena
Processo. Acima, a montagem ”Tratados de mim mesma na infertilidade”,
contemplado em Edital Rumos Itaú em 2016

“Estamos aguardando a confirmação de recursos para definirmos o cronograma de ações. Mas vamos apresentar o programa à classe artística ainda em janeiro”, afirma Fernando Yamamoto, diretor do departamento de programas, projetos e eventos da Secult.

Segundo Yamamoto, o programa consiste numa série de três ações. “Vamos lançar o Cena Processo, com que visar oferecer um estímulo à produção. O objetivo é montar três espetáculos, a partir de cenas curtas trabalhadas ao longo do ano”, explica. “Também vamos promover oficinas de formação ministradas por artistas locais. Queremos abrir o editar para selecionar as propostas de oficinas o quanto antes. A terceira ação será um edital para movimentar os espaços alternativos de Natal. Algo muito importante. Juntas, todas as ações contemplam diversas carências do segmento”.

Fernando Yamamoto, diretor de projetos culturais da Funcarte: novas ações contemplam diversas carências do segmento

Fernando Yamamoto, diretor de projetos culturais da Funcarte: ”novas ações contemplam diversas carências do segmento”

Yamamoto acredita que o programa a ser anunciado visa suprir a falta de políticas públicas para as Artes Cênicas nos últimos anos. “A situação financeira em todo o Estado não é boa. No município há questões mais urgentes de resolver, como o salário dos servidores. Mas conseguimos propor um programa que engloba diversos aspectos para suprir a carência de ações na área teatral”, comenta.

Sandoval fechado
Fechado desde 2009 e ainda sem definição quanto ao seu destino, o Teatro Municipal Sandoval Wanderley tem nova gerente. A artistas Heloísa Sousa assume no lugar da atriz Quitéria Kelly, que foi exonerada do cargo para se dedicar às gravações de uma nova série na TV Globo. A nomeação de Heloísa saiu no Diário Oficial do Município no dia 11 de dezembro. Desde então ela vem se inteirando das suas atribuições, com expediente na Fundação Capitania das Artes (Funcarte).

“Fui convidada e aceitei o desafio. Acho importante manter dentro da Funcarte o diálogo da instituição com a classe. É um cargo com funções além da de gerência do teatro. Sou artista há oito anos na cidade, conheço as discussões referentes à área”, diz Heloísa que está há duas semanas no posto. “É uma experiência nova pra mim, mas estou aprendendo como as coisas funcionam dentro da instituição”.

Mestra em teatro, Heloísa Sousa passa a ocupar a função de gerente do Sandoval Wanderley: Funções vão além da gerência

Mestra em teatro, Heloísa Sousa passa a ocupar a função de gerente do Sandoval Wanderley: ”Funções vão além da gerência”

Heloísa tem 26 anos, concluiu o mestrado em Artes Cênicas na UFRN, é uma das integrantes do projeto Farofa Crítica, de crítica teatral, e também é uma das fundadoras do grupo Sociedade T. Pelo grupo, ela estreou em 2017 o espetáculo “Tratados de mim mesma na infertilidade”, em que assina a direção e dramaturgia. O espetáculo foi contemplado em edital do Rumos Itaú Cultural.

Com relação a situação do Sandoval Wanderley, Heloísa conta que está acompanhando as discussões sobre o destino do lugar, mas que por enquanto não dá para afirmar nada sobre o que será feito do espaço. “O teatro está fechado há bastante tempo. O segmento perde muito com ele parado. É fundamental que Natal tenha um teatro municipal funcionando plenamente. É uma luta de todos os artistas locais”, comenta a nova gestora. Sobre algumas críticas direcionadas a ela por ter aceito o cargo de gerente de um teatro fechado, ela diz entender o sentimento dos artistas. “Vivo todas as dificuldades deles. Alguns colegas já vieram conversar comigo. Sei o quanto é complicada essa situação do teatro, mas há outras demandas do segmento também, como a retomada dos editais e de cursos de formação. O mais importante é estar aberto ao diálogo para conseguirmos construir soluções”.

A artista atuará na Funcarte em conjunto com outros nomes conhecidos das Artes Cênicas, como Fernando Yamamoto (Diretor do departamento de programas, projetos e eventos), Lenilton Teixeira (Diretor Adjunto da Funcarte), Ivonete Albano (Diretora da Escola Municipal de Teatro Carlos Nereu – atualmente fechada) e Grimário Farias (Diretor do Centro Cultural Jesiel Figueiredo).

“Cheguei agora. Vi que as Artes Cênicas na Funcarte são pensadas de modo bem coletivo. Já há ações importantes previstas para serem realizadas em 2018. São ações de formação, de fortalecimento dos grupos e que envolvem os espaços culturais da cidade. Tudo está sendo amarrado direitinho para ser anunciado o quanto antes”, diz Heloísa.

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