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Fundista potiguar garante o bronze

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ORGULHO - José Januário, 54, beija a inédita medalha de bronzeNadar nas águas geladas do mar carioca não é tarefa fácil, esmo para quem entende do negócio. Aos 54 anos, o potiguar José Januário conseguiu vencer o desafio. E mais: trouxa na bagagem a medalha de bronze da Travessia do Forte de Copacabana, competição tradicional que contou com o apoio da organização do Pan do Rio 2007 e cobertura da mídia nacional.

“Treinei muito para ficar entre os dez primeiros e acabei me surpreendendo com a medalha de bronze. Para a ‘ficha cair’ foi difícil. Só acreditei quando subi no pódio para receber o prêmio”, contou Januário, que nadou os 3.800 metros de Copacabana ao Leme com mais 140 atletas na categoria master – 50 a 54 anos. No total, a tradicional prova em mar aberto contou com 4.200 atletas em todas as categorias.

“A Travessia do Forte é uma competição muito difícil. Exige do atleta uma preparação de, no mínimo, dois meses, com muita disciplina e dedicação”, destacou Jánuário, que pertence a equipe anfíbio, de Natal. “Tive que ir dez dias antes para fazer um trabalho de adaptação no Rio”, revelou. Em terras fluminense, o militar da reserva (ex-fuzileiro naval) ficou hospedado na casa de um amigo em Angra dos Reis. “Estes dez dias de adaptação foram fundamentais porque a água do mar no Rio é muito gelada”.

Para manter a performance em dia, José Januário divide seus treinos diários entre a piscina de 25 metros do CEPE  e a praia de Ponta Negra. “Nado três quilômetros de piscina e quatro em mar aberto (do Morro do Careca ao Hotel Seahrs). Tenho a acompanhamento do professor Alberto do Cepe, que tem me ajudado muito. Ele foi um dos responsáveis pelo nosso sucesso”, comentou o nadador, que serviu na Marinha com o treinador. Entre os atletas que representaram a equipe Anfíbio, de Natal, na Travessia do Forte de Copacabana, estavam: Ana Paula, Daniel, Wellington e Mário Clementino. “O apoio da equipe é fundamental em provas como esta”, disse José Januário.

Jovem atleta do RN em busca de um sonho

Uma jovem promessa da natação potiguar tenta vôos mais altos na vida. Marcos Antônio Costa Ferreira de Macêdo, 16 anos, que encerrou a temporada 2006 com a medalha de ouro na prova dos 50 metros nado livre e a de bronze nos 100 metros boborleta no Troféu Carlos Campos Sobrinho (Brasileiro Juvenil), quer brilhar ainda mais na temporada de 2007, com a finalidade de abrir espaços no seleto grupo de atletas de alto rendimento.

Na temporada que se avizinha, o objetivo é garantir a marca para disputar o Mundial Juvenil de Natação, que será realizado em 2008. Como é comum na história dos praticantes de natação, Marcos Macêdo, enveredou no esporte a conselho médico para tentar se livrar dos problemas respiratórios causados por crises de asma. Antes da opção pelo esporte aquático, o jovem tentou, sem sucesso, uma “boquinha” como jogador de futebol de campo e de futsal.

“Não jogava nada foi por isso que não deu certo”, disse Marcos. O destino parece apontar o caminho do sucesso para esse jovem, que há oito anos treina no C-Neves e tinha como uma de suas especialidades o nado de costas.

Em 2005 ele chegou a sagra-se campeão Sul-americano em sua categoria. Porém, apesar dos exaustivos treinamentos, não conseguia diminuir o seu tempo. Incentivado a tentar o nado borboleta, categoria para a qual não treinava, o sucesso apareceu e Marcos Macêdo surpreendeu ao pai e a si mesmo quando notou que vinha conseguindo ter um bom rendimento.

Jovem pára na falta de incentivos

Mesmo com as boas marcas obtidas por Marcos Macêdo, o pai do nadador, Maurício Marcelo Alves de Macêdo, disse que vem sendo obrigado a tirar do próprio bolso para investir no desenvolvimento esportivo do atleta. A luta na busca por patrocinadores está sendo mais árdua do que aquela que os atletas mantém contra o relógio, na tentativa de baixar suas marcas.

“Já visitei diversas empresas com potencial para patrocinar Marcos, mas até aqui só consegui promessas. Espero resolver essa situação no próximo ano que para dar mais tranqüilidade a ele, que iria deixar de se preocupar se teria ou não dinheiro para realizar suas viagens e ficar focado apenas nos treinos”, destacou Maurício Macêdo.

O atleta do C-Neves disseque tirando as despesas com viagens e hospedagens durante as competições interestaduais e internacionais, o investimento não costuma ser tão alto, destacando que um patrocínio em torno de R$ 1 mil/mês dá para sanar as necessidades momentâneas. No caso das viagens para competições fora de Natal, que não são muitas, o valor iria variar um pouco.

A volta aos treinos está marcada para o final de janeiro, quando irá treinar forte pensando nos torneios estaduais. Depois as atenções estarão voltadas para as competições regionais, que servirão como seletiva para o Campeonato Brasileiro absoluto. No próximo ano, por força da disputa dos Jogos Pan-amenricanos do Rio de Janeiro, o calendário esportivo será quebrado, por isso o Campeonato Brasileiro de Natação ainda não possui data definida. Enquanto isso, Marcos Macedo continua treinando para manter o bom ritmo e a preparação adequada.

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