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Futebol pede “socorro” no RN

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REUNIÃO - Dirigentes da Federação de futebol prestaram contasAtolada em dívidas – herança de más administrações anteriores – a Federação Norte-rio-grandense de Futebol vive, hoje, um paradoxo. Ao mesmo tempo em que comemora a regularização da entidade – impedida, num passado não muito distante, de formalizar convênios por pendência com institutos legais -, o presidente Alexandre Cavalcanti lamenta a falta de investimento do poder público no futebol.

Ontem à tarde, na sede da FNF, durante a prestação de contas dos primeiros sete meses de sua gestão, o dirigente afirmou que o Campeonato Estadual do ano que vem pode continuar deficitário, caso não aja uma injeção de recursos público. “O nosso campeonato que era deficitário, continuou deficitário este ano e pode continuar do mesmo jeito se não houver um investimento do governo”, destacou Alexandre.

Convicto de que o futebol do Nordeste só sai do “vermelho” a partir de um investimento público, o presidente da FNF citou exemplos de Estados vizinhos. “Em Sergipe o governo de lá investiu cerca de um milhão e meio no campeonato sergipano, através do programa ‘Gol da Sorte’, onde se trocava notas fiscais por ingressos; na Paraíba, foram quase um milhão e oitocentos mil reais. Na Bahia e Pernambuco, que contam também com investimentos da TV, são mais de dois milhões. Infelizmente, no nosso caso, não houve um centavo sequer”, reclamou o dirigente.

O presidente, que ainda fez questão de citar o exemplo de Mossoró, disse ainda que falta vontade política. “Vontade de fazer nós temos, mas nos falta recursos. O grande problema é falta de dinheiro e vontade política para fazer um campeonato menos deficitário, como dos nossos vizinhos”, revelou Alexandre. 

Inconformado com a situação, o vice-presidente, José Vanildo, vislumbra um futuro nebuloso: “O futebol do Rio Grande do Norte está no ‘fundo do poço’. E temo que no ano que vem possa ser pior ainda. A FNF está mostrando sua cara, mas poderá fazer muito mais se houver investimento público”, desabafou.

Uma das saídas, de imediato, já para o Estadual de 2007, seria uma parceria com a Caern, onde o torcedor adimplente poderia comprar ingressos com descontos. A FNF também vai encaminhar um caderno de propostas, que será discutido com os candidatos ao governo deste ano.

De acordo com o dirigente, as dívidas que a FNF acumulam são impagáveis. “Em sete meses de nossa administração conseguimos regularizar a FNF, quitando dívidas de parcelas atrasadas com o INSS. Porém, ainda há uma dívida de seiscentos mil reais com o próprio INSS, sem falar nas dívidas com outras entidades como a Acern, por exemplo”, destacou.

Para regularizar a FNF, a nova administração foi obrigada a pedir um empréstimo de R$ 80 mil à CBF, sendo R$ 57 mil para saldar parcelas atrasadas de uma renegociação da gestão passada com o INSS e R$ 23 mil para pagar despesas extras. “Vamos pagar isso a CBF em oito meses. Restam três ou quatro meses para quitarmos”, disse. Os R$ 80 mil estão sendo abatidos mensalmente, em parcelas de R$ 10 mil da verba mensal de R$ 30 mil enviada pela da Confederação. A FNF ainda tem um débito de R$ 16 mil com a arbitragem local, que estão sendo amortizadas com repasses dos jogos do Campeonato Brasileiro das Séries B e C.

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