quinta-feira, 18 de abril, 2024
31.1 C
Natal
quinta-feira, 18 de abril, 2024

Futuro líder do PSDB quer discutir sucessão na Câmara

- Publicidade -

DIVERGÊNCIA -  Jutahy Júnior (à direita) poderá ter apoio a Arlindo Chinaglia revogado

Brasília (AE) – O futuro líder do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio, disse que convocará reunião da nova bancada do partido, na semana que vem, para decidir qual a posição dos tucanos na sucessão da Câmara. Pannunzio, que está em férias em Buenos Aires, afirmou ter recomendado ao atual líder, Jutahy Júnior, que defendesse a tese da proporcionalidade mas evitasse falar em nomes. “Nomes levam a conflitos”, advertiu Pannunzio, como se adivinhasse a torrente de protestos pelo apoio a Chinaglia.

O deputado Nárcio Rodrigues (MG), escolhido para ser o futuro 1º vice-presidente da Câmara, condenou a discordância pública: “A discussão aberta é um prejuízo para o partido”, disse. Ele tentou explicar que Jutahy consultou a bancada e recebeu dela a concordância com a tese da proporcionalidade das bancadas, pacífica no partido.  “O PSDB não apoiou Chinaglia, apoiou a tese. Chinaglia é que puxou o apoio para ele”, disse, explicando a tortuosa lógica de Jutahy. Nárcio alegou que o PSDB “entrou na negociação na hora certa e, com isso, assegurou espaços para o partido”. Em e-mail distribuído ontem à bancada, o novato Paulo Renato (SP) afirmou que a consulta de Jutahy não indagou sobre candidatos, mas sobre a tese da proporcionalidade.

O líder teria entendido que o desdobramento natural da aprovação à proporcionalidade era o apoio a Chinaglia. Sem condenar Jutahy, Pannunzio admite que teria feito diferente: “Deveríamos anunciar que o partido consagrou a tese da proporcionalidade. E, se amanhã ela contemplar o PT, o partido votaria sem preconceitos”, observou, em tom de prudência. O deputado Walter Feldman (SP) afirmou que a decisão da bancada tucana foi a mais acertada. “Recebi de Chinaglia a garantia de que todas as decisões da Mesa serão decididas de forma colegiada”, assegurou. 

Deputados contrários à adesão à candidatura Chinaglia esperam a chegada do presidente do PSDB, Tasso Jereissati, em férias na Europa, para discutir se o apoio será mantido ou não. O líder do partido no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), anunciou que pedirá uma reunião de emergência da Executiva Nacional tucana para tratar da questão.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas