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Gabriel Veron: o potiguar mais valioso do momento

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O Homem de 60 milhões de Euros. O jogador Potiguar que foi destaque da conquista do tetracampeonato mundial pela seleção Sub-17 do Brasil, Gabriel Veron, se tornou hoje o potiguar mais valioso dentro do futebol nacional. O jogador acaba de renovar as bases contratuais com o Palmeiras, onde começa a ser reconhecido pelo que faz dentro de campo.

Na festa do título Gabriel Veron posa ao lado de seu agente, Lupércio Segundo
Na festa do título Gabriel Veron posa ao lado de seu agente, Lupércio Segundo

Veron é um exemplo claro de que os clubes potiguares necessitam olhar com mais carinho para região do Vale do Açu, região do Rio Grande do Norte que há muito vem revelando bons valores para o futebol local. Foi da cidade de Itajá, com uma população estimada em 5.500 habitantes que surgiram nomes como Gilson Lopes, Souza, Bebeto, Sinha e Zé Ivaldo, todos com grandes serviços prestados aos clubes da capital.

A diretoria palmeirense fechou  a renovação de contrato com o atacante Gabriel Verón, com uma multa rescisória equivalente a R$ 279 milhões. O clube pretende promover o jogador ao elenco profissional na próxima temporada, quando ele estará com 18 anos.

Verón fez três gols na campanha vitoriosa do Brasil no Mundial Sub-17, conquistado no último domingo ao bater o México na final, em Brasília. Natural de Assu (RN), o jogador está no Palmeiras há dois anos e é uma das grandes apostas recentes das categorias de base do clube. Neste ano, ele até mesmo já foi inscrito no Campeonato Paulista e realizou alguns treinos com o time profissional.

Essa semana, o diretor de futebol Alexandre Mattos e o presidente do clube Maurício Galiotte acordaram com Verón a renovação, para proteger o clube do assédio estrangeiro pelo garoto. Anteriormente, o contrato do atacante era válido até outubro de 2021, com uma multa rescisória estimada em R$ 266 milhões. A finalização do acordo será apenas no ano que vem, quando o jogador completar 18 anos.

Pelo clube, Verón conquistou duas vezes o Mundial de Clubes e nesta temporada ganhou a Copa do Brasil Sub-17 e Sub-20. O Palmeiras continuará como detentor de 60% dos direitos econômicos do jogador.

E pensar que antes de decidir trilhar a carreira dentro do futebol, o jogador potiguar tentou seguir a profissão do pai em sua cidade natal, mas por um sinal divino, ele preferiu seguir outro tipo de conselho. A responsável pelo potiguar trocar a roça pelos gramados do futebol foi a mãe. Veron não esconde que estava mesmo disposto a seguir os mesmos passos do pai.

A mãe apoiava Gabriel a buscar a vida como jogador de futebol. Hoje com o sucesso de garoto, que sequer atingiu a maior idade, nem é necessário perguntar se o pai ficou magoado com o fato de Veron ter preferido seguir o conselho de sua genitora. Desde que decidiu lutar por um lugar no mundo do futebol, vestindo a camisa do Santa Cruz de Natal, o jovem disse os pais sempre procuraram dar o apoio necessário. Hoje o casal não esconde a felicidade ao ver o seu menino envergando a camisa da seleção brasileira e do Palmeiras.

O nome inspirado em um craque argentino: Juan Sebastian Veron, que defendeu a seleção de seu país em três Copas (1998, 2002 e 2010), não é uma ideia originária dos pais. Neste caso a sugestão partiu de um vizinho da família, em Assu.

“Ele teve três filhas meninas e sempre quis ter um menino para colocar o nome do ídolo dele, o Veron. Como minha mãe e meu pai estavam indecisos com o nome que iriam me dar, decidiram aceitar o pedido do vizinho”, explicou o atleta palmeirense. Gabriel Veron só assistiu o argentino jogar pelo YouTube,  agora a maior inspiração para o atacante potiguar é o português Cristiano Ronaldo. Uma das coisas que diz ter encampado do astro mundial foram as características ofensivas e de trabalho forte do português.

Veron foi um nome importante do elenco convocado por Guilherme Della Dea. “Além da força física e da velocidade, o Veron tem a qualidade técnica e isso facilitou muito o nosso trabalho. Conversei muito com ele para que não perca a essência do futebol brasileiro, de encarar no um contra um, que ele está fazendo com maestria”, ressaltou o treinador campeão mundial.

“Sem dúvidas. Farei o possível para dar apoio àqueles que buscam algo na vida em Assu”

Qual a mensagem que você acreditar ter passado para o jovem de sua região, com a premiação de melhor jogador da Copa do Mundo sub 17?

Para nunca desistir dos sonhos, por que apesar das dificuldades, vale a pena lutar pelos seus sonhos!

Normalmente os jovens não estão preparados para uma escalada tão imediata no mundo do futebol. Como o Veron está conseguindo lhe dar com a fama?

Sou bem tranquilo quanto a isso, nunca deixar subir pra cabeça e continuar trabalhando pra as coisas continuarem acontecendo.

Ainda com relação ao seu título de melhor atleta, você acreditava que iria mesmo receber esse prêmio com as atuações que teve? Se não, quem Veron imaginava que poderia ter ganho esse prêmio?

Acho que imaginaria sim, por que consegui desempenhar o que vinha trabalhando ao longo do ano e com a ajuda dos meus companheiros ficaram mais fáceis.

Aquela região de onde você surgiu, já foi responsável pela revelação de grandes nomes para o futebol. Quando estiver com a situação estabilizada, faz parte dos seus planos futuros criar alguma estrutura por lá, para que outras meninos do Vale do Açu possam ter oportunidade idêntica a sua?

Sem dúvidas sim, farei o possível para dar apoio àqueles que buscam algo na vida.

Em quem o Veron procura se espelhar ou inspirar como atleta? Tem um jogador, em especial que você admire?

Cristiano Ronaldo, por ele querer ser o melhor sempre, todos os dias busca bater os próprios recordes.

Nessa campanha do título mundial a seleção realizou partidas bem difíceis, chegando a levar um 2 a 0 da França. Qual foi a grande virtude do grupo para acabar campeão?

Acreditar que nada tinha acabado e também que era Copa do Mundo e copa do mundo a gente talvez tenha uma oportunidade na vida, então fomos fortes mentalmente e corremos atrás.

Realizado os primeiros dois grandes sonhos: o de se tornar jogador profissional e ser campeão do mundo. Qual a próxima meta em sua carreira?

Conseguir dar meu melhor todos os jogos e fazer história com a camisa do palmeiras, conquistando títulos e retribuindo a confiança que me deram.

Com relação ao futuro como jogador: os seus planos quais são? Quer se firmar no Palmeiras e jogar algumas temporadas no futebol nacional ou acredita que já esteja preparado para atuar num grande clube do exterior?

Virar um ídolo aqui no Palmeiras, conquistar grandes coisas, o futuro só pertence a Deus.

Você disse que tentou ser vaqueiro, como o seu pai, mas o que ele disse quando chegou e disse que queria ser jogador de futebol? Apoiou logo de primeira?

Ele sempre me ensinou a fazer as coisas na vida de vaqueiro, mas quando fui para o futebol ele apoio e disse que teria mais futuro.

Quais foram os principais conselhos de seus pais, quando viram que o filho estava escalando uma carreira de sucesso dentro do futebol?

Que continuasse do mesmo jeito, com humildade e pés no chão, não importa onde esteja.

Quando tiver a oportunidade de voltar a Assu, qual a primeira coisa que deseja fazer na cidade?

Acho que agradecer a todos que torceram e torcem por mim e fazer algo pela cidade, que seja a altura.

O que você faz questão de levar para sempre na carreira dentro do mundo do futebol?

Que todos os jogos da minha vida serão como uma final, independente do adversário.

Foi muito complicada a adaptação a essa nova vida? A vida de fama? Tem algo que você ainda estranha?

Um pouco, mas gosto do carinho de todos, do reconhecimento e principalmente dos torcedores.

Quando era criança como era a sua relação com o futebol?

Assistia todos os jogos, criticava muito quem errava (risos).

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