Prioridade é uma das palavras mais utilizadas pelos candidatos em época de eleição. Prioridade é também uma necessidade diante das dificuldades financeiras, que obrigam os gestores a fazer difíceis escolhas de onde e como investir os recursos públicos. Por nisso, a TRIBUNA DO NORTE lançou um desafio aos dois candidatos ao Governo do Estado, através de uma entrevista na qual são pedidas respostas objetivas a respeito de alguns dos principais problemas que o futuro governante irá enfrentar para administrar o Rio Grande do Norte.Os questionamentos foram enviados à assessoria de Wilma de Faria (PSB) e de Garibaldi Filho (PMDB), na última terça-feira, e a expectativa era da publicação das opiniões de ambos, como foi praxe no primeiro turno das eleições. Contudo, embora não tenha sido enviado qualquer pedido de adiamento por parte de qualquer das duas assessorias, apenas a do candidato peemedebista enviou as respostas ao jornal.
Onde esta eleição será decidida?
Garibaldi Filho: Todos os recantos do Estado terão nessas eleições sua importância proporcional ao seu contingente eleitoral. O Rio Grande do Norte conhece meu trabalho, pois tenho obras em todos municípios. Obras que reduziram a miséria e a fome, e que levaram vida a milhares de pessoas.
Que perfil terá seu secretariado?
GF : Convocarei os melhores talentos para compor o secretariado. Analisarei nomes dentre os políticos, intelectuais, empresários e técnicos para que possamos montar uma equipe de talentos do tamanho dos desafios que teremos.
Em Educação, a prioridade será ampliar as matrículas, ou capacitar os professores?
GF : Vou implantar um modelo de gestão que descentralize verbas, fortaleça a escola e possa avaliar, permanentemente, o professor e o aluno, de forma a reverter a humilhante situação de último lugar no ranking nacional em que nos encontramos. Um dos nossos projetos será o programa do aluno de tempo integral.
Segurança: mais policiamento ostensivo, ou trabalho preventivo?
GF : Vou implantar uma política estadual de segurança que prevê o planejamento, execução, monitoramento e avaliação da segurança no Estado, reformar o sistema prisional com a construção de novas cadeias públicas e delegacias, e implantar um sistema de tecnologia da informação para monitorar a frota de veículos.
Saúde: investimentos em pessoal, ou melhoria da rede hospitalar?
GF : Vou implantar um novo modelo de gestão capaz de humanizar o atendimento nos postos de saúde em todo o Estado, possibilitando um atendimento digno a todos os usuários, e construir hospitais e policlínicas na capital e no interior; aumentar as equipes de PSF e o número de farmácias populares.
Turismo: como conciliar o aumento no número de visitantes com o combate ao turismo sexual?
GF : O caminho para reduzir e acabar com o turismo sexual é investir na educação e em políticas sociais, principalmente voltadas aos jovens.
Empregos: como atrair os investimentos privados e gerar mais oportunidades de trabalho?
GF : A falta de oportunidades de empregos para todos é um problema crucial. A saída é estimular a atração e interiorização de indústrias para aumentar a oferta de empregos; fortalecer o Sine (Sistema Nacional de Emprego); descentralizar a atuação do Hotel Escola Barreira Roxa no treinamento e capacitação da mão-e-obra; e estimular a implantação do programa do biodíesel.
Transporte: trabalhar na recuperação das rodovias, ou investir nos demais meios de transporte?
GF : Precisamos planejar melhor novas vias de tráfego e o escoamento do trânsito urbano. Vou priorizar obras de ampliação e melhoria de nossas estradas, criar a Ciclovia do Trabalhador, interligando Macaíba, Parnamirim e Natal, e integrar o sistema de transporte urbano ao sistema metropolitano, com incentivo para renovação da frota e criação do transporte fluvial no rio Potengi.
Aeroporto: Ccmo viabilizar e acelerar as obras em São Gonçalo?
GF : Precisamos dar prioridade a esse projeto, e estabelecer uma nova parceria com o governo federal para a construção do aeroporto, assegurando os recursos necessários a esse projeto, assegurando uma zona de exportação no seu entorno.
Petrobras: Que investimentos o estado deve exigir diante da perda da refinaria?
GF : Deve exigir que o Estado seja incluído nas prioridades do Nordeste. Vou lutar para inserir o Rio Grande do Norte na Transnordestina, para criar um pólo de PVC aproveitando as potencialidades da região de Guamaré-Mossoró-Assu e por investimentos nos portos de Natal e Areia Branca.
