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Gasolina em alta dá lugar a bike na Grande Natal

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Cláudio Oliveira
Repórter

Com alto preço da gasolina e
a escalada de reajustes, os potiguares estão mudando hábitos de
locomoção.  Em Natal, para driblar a alta, alguns consumidores estão
diminuindo a frequência do uso de carros, como a concierge Tilla Samson,
que resolveu adotar a bicicleta para ir trabalhar.  Os motoristas se
depararam com o aumento dos preços da gasolina ainda na quinta-feira
(18) com posto de gasolina vendendo o litro a R$ 5,69 quando antes
encontravam a R$ 5,19.
Tilla vê nas pedaladas, de Nova Parnamirim até o bairro Tirol, onde trabalha, a economia para o bolso e a qualidade de vida melhorar nas últimas semanas
#SAIBAMAIS#De Nova Parnamirim até o bairro Tirol,
onde trabalha, Tilla tem visto nas pedaladas tanto a economia para o
bolso quanto a qualidade de vida melhorar. “Com o preço do combustível
tão elevado, eu simplesmente não tive escolha…. tive que reduzir o uso
do carro. Agora ir para o trabalho é agradável, bem menos problemático.
O que eu gastava de gasolina em três meses já pagaria uma bike
simples”, contou.

A mudança começou no início do ano passado. A
princípio ela tentou usar o transporte público, mas não se habituou
devido ao estresse provocado pelos atrasos, lotação e desconforto. Foi
quando decidiu adotar de vez a bicicleta e, apesar das vias ainda não
estarem adaptadas para essa modalidade de transporte e da falta de
consciência de parte dos motoristas que não respeitam o trânsito de
ciclistas, Tilla se diz satisfeita. “Antes saía para trabalhar, pegar
trânsito. Agora com 40 minutos estou lá, não pego engarrafamento e ainda
chego de bom humor”, relatou.

O filho de 8 anos e o marido
ainda utilizam mais o carro, porém, ela acredita que se a cidade
oferecesse mais segurança e estrutura para os ciclistas, seria possível a
toda a família adotar a bicicleta como principal meio de transporte e
não ficar refém dos veículos movidos a combustível.

Se o preço da
gasolina interfere no orçamento das famílias, o gás de cozinha é outro
combustível que tem pesado no bolso. Para este, o mais recente reajuste
ocorreu no dia 9, quando a Petrobras repassou um aumento de 5,1% às
distribuidoras e, no Rio Grande do Norte, o botijão de 13 quilos ficou
na faixa dos R$ 90, somando onze reajustes consecutivos, desde o ano
passado.

Quem depende do gás para fazer o negócio funcionar está
apreensivo com a possibilidade de novos reajustes. Em Currais Novos, no
Seridó potiguar, a família de Luiza Victor, 24, teme que a loja de
coxinhas da família precise parar as atividades. Eles produzem e vendem o
salgado na cidade e além do gás, ainda enfrentam a alta de outros
produtos essenciais na produção, como o óleo de soja.  

“De
início, o preço dos nossos produtos era mais acessível, conseguíamos ter
um lucro considerável no final das vendas e não sofríamos tanto para
separar o capital de giro. Mas, com todos esses reajustes, temos sentido
de forma muito negativa o peso de quase não ter capital de giro
suficiente. A alta no óleo de soja e no gás de cozinha foram os mais
negativos, tendo em vista que são basicamente a matéria-prima do nosso
trabalho”, contou.

Por se tratar de uma pequena empresa, a
dificuldade é semelhante à vivenciada numa casa comum. O negócio foi
aberto há menos de um ano e nesse curto espaço de tempo, o impacto do
aumento no preço do gás foi tão visível que precisaram aumentar o preço
das coxinhas. “Recorremos ao reajuste dos produtos e modificamos a forma
de lidar com o capital de giro. O que antes era um valor fixo, passou a
ser um valor relativo, que é determinado com o que lucramos durante as
vendas”, explicou a empresária.

Contudo, a expectativa de que
novos reajustes ocorrerão, faz com que a família preveja o pior, já que
não será possível segurar os preços das coxinhas. “Teríamos que fechar o
negócio por um tempo, provavelmente. Dependendo do valor que
conseguiríamos vender…”, calcula Luíza Victor.

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