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Gasolina está mais cara nas refinarias

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A Petrobras informou aos seus clientes na noite da segunda-feira 22, que aumentou a gasolina em R$ 0,0396 a partir desta terça-feira, 23, um dia após ter alterado a forma de divulgação dos seus preços ao mercado e afirmado que “está comprometida com a transparência e repudia práticas monopolistas”. A empresa mudou os valores de venda em seu site na manhã desta terça-feira.

Custo do litro da gasolina comum acumula altas na maioria dos Estados brasileiros. Combustível sofreu novo reajuste nesta terça, 23


Custo do litro da gasolina comum acumula altas na maioria dos Estados
brasileiros. Combustível sofreu novo reajuste nesta terça, 23

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, o aumento é “para inglês ver”, referindo-se à defasagem de mais de R$ 0,10 em relação à gasolina no mercado internacional. A estatal reafirmou que continua alinhada aos preços no mercado internacional.

“Aos poucos (a Petrobras) vai matando os “concorrentes” e estabelecendo o monopólio. A defasagem continua muito elevada”, lamenta Araújo.

Desde a segunda-feira, a Petrobras interrompeu uma série histórica dos preços da gasolina e do diesel vendidos em suas refinarias iniciada na gestão de Pedro Parente, e que diariamente informava o preço médio que seria praticado no País.

A empresa passou a divulgar o valor de venda dos dois combustíveis nos 37 pontos de venda que atua alegando que isso dará maior transparência aos seus preços.

Investigação
A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado aprovou nesta terça-feira, 23, a apuração, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU), da atual política de reajuste de combustíveis praticada pela Petrobras, sobretudo da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. A comissão poderá realizar audiência pública antes de apresentar, discutir e votar o relatório final da proposta, informou a CTFC em seu site.

A investigação será focada na política de preços adotada pela Petrobras a partir de outubro de 2016, “que atrela os valores domésticos aos praticados no mercado internacional, promove insegurança e imprevisibilidade, sobretudo em um País cujo pilar central de mobilidade é o transporte rodoviário”, afirma a proposta apresentada no ano passado pela hoje ex-senadora Vanessa Grazziotin. O reflexo mais nítido deste problema, segundo a ex-senadora, “foi a paralisação dos caminhoneiros, em maio de 2018, e os impactos dela decorrentes”, afirma na justificativa da apuração.

Rodrigo Cunha (PSDB-AL), relator da matéria, afirmou em sua decisão que o “assunto é pertinente e diz respeito a todos os brasileiros”. Entre as medidas, a comissão fará uma análise das competências dos administradores da Petrobras e do Poder Executivo para determinar a política de preços e uma avaliação quanto à eventual interferência do governo e a legalidade das ações com esse objetivo. “Também se dedicará à identificação de eventuais associações entre a política de preços e condutas ilícitas e à apuração de responsáveis por eventuais danos à estatal, antes e depois de outubro de 2016″, explica a comissão em nota.

Diesel encarece no Brasil
O Índice de Preços Ticket Log (IPTL) revela que o preço do diesel aumentou pelo terceiro mês consecutivo. O levantamento de março mostra que o combustível ficou 1,9% mais caro nos postos de todo o País, vendido à média de R$ 3,714, ante os R$ 3,646 do mês anterior. A Região Norte segue a concentrar o litro mais caro (R$ 3,903), e a diferença chega a 12% quando o preço é comparado à média dos postos da Região Sul (R$ 3,473).

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