Gatilho ou mais imposto?

O presidente Jair Bolsonaro diz que o seu governo não vai insistir com um novo tributo, uma CPMF agora, mas que o Parlamento pode discutir o tema. Revela que está interessado em ter mais fontes de recursos. A outra alternativa para aliviar as finanças da União é não aplicar a correção pela inflação no piso salarial, INSS e outras vinculações no Orçamento de 2020, que pode ter um alívio de R$ 202,6 bilhões entre redução de despesas, aumento de receitas e diminuição da dívida pública. A maior parte do ajuste (R$ 109,6 bilhões) viria da economia de despesas com o acionamento de medidas já previstas na regra do teto de gastos (mecanismo que limita a evolução das despesas à inflação).

Levantamento do Tesouro mostra que dois terços (67,7%) das despesas primárias da União são corrigidas automaticamente por algum indexador. A mais significativa é a de benefícios previdenciários, que crescem à medida que o salário mínimo é reajustado. Por isso, o governo quer tirar da Constituição Federal o reajuste do salário mínimo de acordo com a inflação. O povo paga essa conta, mais uma vez.

Injustiça
No Brasil, os ricos pagam 32% menos imposto que em países do G-7 (grupo dos países mais industrializados do planeta). Estudo com 30 países mostra o País com a quarta menor carga tributária sobre os salários mais altos. Os ricos aqui pagam 31% menos que a média de pessoas nas mesmas condições na União Europeia. Os dados são da UHY International, rede de empresas de auditoria e contabilidade que fez um estudo com 30 países, comparando os impostos aplicados a faixas salariais anuais de US$ 250 mil e US$ 1,5 milhão.

Calote
A União paga R$ 633,71 milhões em dívidas atrasadas de estados em agosto. No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o Tesouro honrou R$ 5,25 bilhões em dívidas garantidas dos entes. No caso do Rio Grande do Norte, foram pagos R$ 10,29 milhões em garantia às dívidas. As dívidas pagas pelos atrasos do estado de Minas Gerais foram de R$ 198, 69 milhões e as do Rio de Janeiro, de R$ 190,79 milhões.

Depois da prévia do indicador do Banco Central  agora é a vez do Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontar para uma  queda de 0,2% em julho ante junho. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, na comparação com julho do ano passado, cresceu 0,8% em julho deste ano. A taxa acumulada em 12 meses ficou em 0,9%. Para Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, a economia continua travada, com sinais conflitantes.  A agropecuária e a indústria influenciam queda de 0,2% do PIB em julho.

Além da compra conjunta de medicamentos, pelo Consócio, os Governadores do Nordeste fortalecem a agenda positiva com investidores alemães, no encontro realizado em Natal.  O governador Rui Costa (Bahia) presidente do Consórcio Nordeste, falou que a própria entidade em  é uma resposta ao enfrentamento desta crise financeira, uma ferramenta de gestão coletiva que busca fazer política de desenvolvimento regional e trazer investimentos por meio de parcerias com setor produtivo. Entre os dias 16 e 28 de novembro os governadores que integram o Consórcio Nordeste visitarão quatro países, entre eles a Alemanha, para dar continuidade ao processo de apresentação dos potenciais da região e para a formação de parcerias entre os países.

A Petrobras está acompanhando a variação do preço internacional do petróleo e o câmbio, dois componentes que determinam a variação do preço dos combustíveis no mercado interno. Um aumento agora, em percentual elevado, pode ser precipitado. Por outro lado, aumentou a procura por etanol.

Depois do Egito, garantindo mais exportações, agora na Arábia Saudita, o governo brasileiro fecha acordos para exportação de frutas, castanhas e derivados de ovos, beneficiando em grande parte o Nordeste. Somados, os produtos têm um potencial de mercado superior a US$ 2 bilhões. O Rio Grande do Norte pode participar desse negócio vendendo frutas e castanha de caju.

Tarifas

No Radar das Tarifas Aéreas da Fecomércio RN, que acompanha semanalmente  a variação dos preços entre as principais cidades do País e as cidades de Natal, Fortaleza, João Pessoa e Recife, a redução ainda não é sentida no bolso. Mas, para novembro, até a operadora CVC já está vendendo passagens bem mais baratas para São Paulo, Brasília e Rio de janeiro. O aumento na ofertas de assentos e a chegada de novas empresas no Sudeste estão forçando essa redução das tarifas.