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General avalia resultados deste ano

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Nadjara Martins
Repórter

O Rio Grande do Norte fecha o ano com quase 1500 homicídios registrados – um aumento de cerca de 10% se comparado ao número de Crimes Letais Contra a Vida (CVLIs) compilados em 2013. Entretanto, o secretário estadual de Segurança Pública, Eliézer Girão, diz que este ainda pode ser considerado um aspecto positivo, pois o crescimento foi menor do que o dos últimos anos.

“Nós reduzimos o aumento do número de homicídios. De 2011 para 2012, o aumento foi de 12,88%. De 2012 para 2013, foi de 25%. Em uma exponencial crescente nós conseguimos reduzir”, defendeu o general na manhã de ontem (19), durante entrevista coletiva de balanço sobre a segurança no estado.

Girão foi escalado em março pelo governo para assumir a secretaria de segurança estadual. Entretanto, após nove meses no cargo, reconhece que não foi possível fazer muito. Segundo ele, a segurança do estado carece de um planejamento a curto, médio e longo prazo, interligado com outras pastas. Ele negou que o problema do combate à violência  no Estado seja relacionado às dificuldades orçamentárias.

“O problema não é dinheiro. Um homem matar a mulher no ônibus não é problema de segurança pública, nem de dinheiro, depende do sistema de justiça, da atenção psicossocial.  Esse cara que matou a mulher ontem (quinta-feira) tinha medida protetiva em cima dele, havia duas solicitações da Sejuc para que ele fosse preso e nas duas vezes ele não foi. Então são coisas que não dependem da segurança pública, mas geram uma imagem negativa para nós, pois repercutem nos números da violência”, justificou.

O secretário afirma que a próxima gestão deverá enfrentar dificuldades com orçamento para custeio, não para investimento. Neste ano, a pasta conseguiu aplicar R$ 30,8 milhões na compra de 260 viaturas, além de equipamentos, coletes e armamento. Para o próximo ano, deixa R$ 55 milhões oriundos dos programas RN Sustentável, Crack é Possível Vencer e Brasil Mais Seguro. Para o primeiro caso, porém, vai ser preciso vencer as dificuldades com despesa de pessoal, como os custos com as famosas diárias operacionais da Polícia Militar. A administração deixa R$ 1,4 milhão em dívidas de diárias referentes aos quatro dias de jogos da Copa do Mundo.

“A única instituição que não recebeu as diárias dos quatro dias de jogos foi a Polícia Militar, pois o valor é muito alto. Tivemos 29 dias de fan fest e esses dias foram pagos.  Quando assumi tinha diária operacional de fevereiro do ano passado”, salientou.

De acordo Girão, foi entregue em novembro à equipe de transição um relatório com orientações sobre a segurança pública no estado. Entre elas está a recomendação para realização de novo concurso para as polícias e articulação com outras secretarias na elaboração de políticas de combate à violência.

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