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Geraldo Alckmin admite o fim da reeleição

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UNIDADE - Oposicionistas têm interesse em acabar com polêmicaBrasília (AE) – O candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), da Coligação PSDB-PFL, autorizou os aliados políticos a aprovarem ainda este ano o fim da reeleição e pôr um ponto final na polêmica. Diante disso, o Conselho Político da campanha, que se reuniu ontem, decidiu agir rápido: no dia 14, será votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, uma emenda constitucional, de autoria do senador Sibá Machado (PT-AC), acabando com a reeleição para presidente, prefeitos e governadores. O relator será o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).

Com a iniciativa, o partido tenta acalmar os dois principais cabos eleitorais de Alckmin: o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), candidato à reeleição, e o candidato a governador de São Paulo José Serra (PSDB). Aécio e Serra têm planos de concorrer ao governo federal em 2010 e são fortes candidato nos principais pólos eleitorais do País. Eles poderiam ficar fora do páreo daqui a quatro anos, em caso de manutenção do instituto da reeleição. Mais que Aécio, Serra ficou incomodado com a declaração do candidato da Coligação PSDB-PFL a presidente de que não trabalharia pelo fim da reeleição, feita no programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na segunda-feira (03), e reforçou as pressões sobre ele.

“Se querem acabar com a reeleição neste ano, tudo bem”, disse Alckmin aos conselheiros, quando o tema foi abordado pelo presidente da CCJ, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). “Temos uma emenda na CCJ”, observou, dando a senha para a negociação. Na avaliação geral, a votação agora da emenda constitucional poderia evitar os focos de divergência política em plena campanha eleitoral. “Acabaríamos com essas contradições”, emendou. Para apressar, indicou Jereissati para relator da emenda constitucional.

Na reunião do conselho, Alckmin foi firme e disse que seria incoerente da parte dele se, agora, depois de reeleito governador de São Paulo defendesse o fim da reeleição. “Tenho uma posição e é coerente”, disse. Em relação à duração do mandato, reafirmou que, mesmo sem reeleição, prefere a manutenção dos quatro anos. A emenda de Machado aumenta o mandato para cinco anos. Além de alterar esse dispositivo da proposta, a decisão do presidente nacional do PSDB é fazer uma ressalva para os atuais prefeitos que têm mandato até 2008. Assim, os de primeiro mandato ficariam liberados para concorrer à reeleição.

“O que o Congresso decidir está decidido. No PSDB, tem gente que é contra a reeleição e gente que é a favor”, disse, depois do encontro do conselho, ressaltando que, por isso mesmo, não é um tema programático. O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), que participou, pela primeira vez, de uma reunião do órgão, concordou com a posição do PSDB e do PFL. A tônica do encontro dos conselheiros foi criar um ambiente de harmonia entre os aliados para tocar a campanha, que se inicia, oficialmente, amanhã (06). O candidato da Coligação PSDB-PFL fez um balanço das alianças estaduais com os aliados e concluiu que o mais importante agora é evitar atropelos.

Palocci e Genoino são candidatos

São Paulo (AE) – O PT divulgou ontem, em seu site na Internet, a lista de candidatos que pretendem representar o Estado de São Paulo nas eleições deste ano, com o nome de 113 candidatos a vagas na Assembléia Legislativa e 58 candidatos a deputado federal. A relação inclui os nomes do ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci e do ex-presidente nacional da legenda José Genoino, ambos afastados de seus cargos por terem seus nomes envolvidos em denúncias de corrupção. De acordo com o PT, a lista ainda poderá sofrer outras alterações ao longo da campanha eleitoral.

Confirmando o que havia sido divulgado, diversos envolvidos no escândalo do mensalão aparecem entre os candidatos petistas a uma vaga na Câmara dos Deputados. Fora Palocci e Genoino, disputarão as eleições pelo PT paulista os deputados José Mentor, João Paulo Cunha e Professor Luizinho, acusados de envolvimento com o mensalão. Na relação, está também o nome de Ângela Guadagnin, conhecida por ter realizado a chamada “dança da pizza”, em comemoração à absolvição de parlamentares que enfrentaram processos de cassação. A lista confirma ainda a candidatura de nomes que não foram envolvidos em escândalos, como o do presidente do PT, Ricardo Berzoini, que disputará um novo mandato de deputado federal.

Serra critica política econômica Lula

São Paulo (AE) – O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, classificou como burra a política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Serra disse ainda que o Brasil tem adotado uma política externa de aprendiz de feiticeiro, ao citar o acordo comercial firmado com a China. As declarações foram feitas durante visita a Americana (140 km a Noroeste de São Paulo), principal pólo de indústrias de tecelagem do País e um dos setores mais afetados pela entrada dos chineses no mercado nacional.  

“O setor têxtil e de vestuário tem sido a maior vítima na área industrial da política econômica do governo federal, essa política insensata de juros e câmbios”, disse Serra.  O ex-prefeito usou o acordo firmado entre Brasil e China para criticar a postura que o governo Lula tem adotado em relação aos negócios internacionais. “Os chineses não estão invadindo o mercado e destruindo a posição do vestuário porque são mais eficientes. É porque estamos com taxas de câmbio hiper-valorizadas e porque também o governo federal não controla a entrada irregular de mercadorias, inclusive com superfaturamento de preço de importação”, afirmou Serra.  

Segundo o ex-prefeito de São Paulo, a atual política econômica foi responsável no Brasil nos últimos 3 anos por cerca de 300 mil empregos que deixaram de ser criados no setor. “Só em São Paulo são 120 mil empregos”, completou.  

“O governo brasileiro, nessa política de aprendiz de feiticeiro externa, ainda reconhece a China como economia de mercado, apesar dela não ser.” E concluiu: “Apesar de a China não aceitar nas concorrências públicas de vestuário a participação externa. Enquanto isso, nas concorrências brasileiras de uniformes e outros itens os chineses entram e ganham”.

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