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Gestores destacam investimentos

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Seja através do financiamento privado ou público, os eventos culturais movimentam milhões de reais País a fora e geram emprego e renda para milhares de famílias. A promoção da arte em regiões menos favorecidas social e economicamente é capaz de produzir mudanças nas vidas de crianças e adolescentes que antes de se integrarem a um projeto cultural não tinham tantas perspectivas positivas.

Marcelo Queiroz destacou que, nos últimos cinco anos, a Fecomércio RN investiu cerca de R$ 15 milhões, executados pelo Sesc, em projetos culturais, atendendo mais de um milhão e meio de pessoas


Marcelo Queiroz destacou que, nos últimos cinco anos, a Fecomércio RN
investiu cerca de R$ 15 milhões, executados pelo Sesc, em projetos
culturais, atendendo mais de um milhão e meio de pessoas

#SAIBAMAIS#No Rio Grande do Norte, o projeto Sesc Cidadão atende aproximadamente 320 crianças em regiões periféricas das cidades de Natal, Caicó e Mossoró, com atividades de música, teatro, artes plásticas e várias outras vertentes. Para o presidente do Sistema Fecomércio, Marcelo Queiroz, a iniciativa privada deve transformar os projetos culturais em negócios financeiramente viáveis, o que impulsiona a economia potiguar em diversos segmentos, gerando receitas e publicidade.

“Estimular o surgimento de grandes projetos culturais, cada vez mais bem estruturados e viáveis economicamente, é uma forma de fomentar a economia de uma maneira geral. A cultura precisa ser encarada, definitivamente, como indutora de negócios, atraindo pessoas, que movimentam recursos, atrair turistas, fazer circular dinheiro novo na economia. Um bom exemplo é o nosso carnaval multicultural de Natal, que movimentou R$ 71 milhões em nossa economia”, frisou.

Marcelo Queiroz destacou que, nos últimos cinco anos, o sistema investiu cerca de R$ 15 milhões em projetos culturais, atendendo mais de um milhão e meio de pessoas. “Os investimentos do Sesc constroem histórias belíssimas, que podem ser contadas e atestadas por muitos. E eles são feitos com recursos oriundos única e exclusivamente dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo deste Estado e deste País”, afirmou.

O empresário chamou atenção para o desenvolvimento da economia criativa e as possibilidades de novos negócios que podem surgir a partir da união com as manifestações culturais locais. “É um ciclo que precisa se entrelaçar e ser pensado, também, como negócio. As manifestações culturais precisam ser transformadas em eventos culturais, estruturados e pensados para atrair público e, com esse conjunto, atrair possibilidades de negócios”.

Ele complementou afirmando que “um evento engloba diversos itens que podem ser formatados como negócios e essa vertente é que deve ser melhor detalhada por quem promove a cultura. E quando eu falo em pensar do ponto de vista de negócios, estou falando, inclusive, em otimizar custos, potencializar ações e buscar oportunidades dentro do negócio conjunto para torná-lo economicamente viável.

Diante do cenário de dificuldades financeiras vivido por Estados e Municípios, o gestor chamou atenção para a necessidade da busca de novas fórmulas de financiamento dos eventos culturais. “É indiscutível a importância da cultura para o País e o seu povo. Mas, nenhum segmento pode ser uma ilha. O Estado, nas três esferas de poder, vive momentos extremamente difíceis. E para que ele possa se reerguer é necessário, entre outras coisas, um esforço de todos, inclusive dos que fazem a cultura, que precisam buscar novas formas de se financiar, que não apenas os recursos públicos”.    

O que pensam os governantes:
Álvaro Dias: “A cultura impulsiona o desenvolvimento”

Álvaro Dias


Em discurso na abertura do seminário Motores do Desenvolvimento, que nessa edição tratou da arte e cultura como propulsores do desenvolvimento social e econômico, o prefeito de Natal, Álvaro Dias, destacou os investimentos feitos recentemente na revitalização de áreas históricas de Natal, e anunciou novos planos para ampliar as ações.

Após a pintura do Beco da Lama, feita pela Prefeitura e que tem aumentado consideravelmente o número de atividades e frequentadores do local, Dias afirmou que a administração municipal pretende investir na criação de um “corredor cultural”, ligando a Catedral Nova à Catedral Velha, e passando pela rua do Beco da Lama.

De acordo com o prefeito, “a Prefeitura acredita que a cultura existe e funciona como um impulsionador do desenvolvimento na cidade”, exemplificando com os números do Carnaval Multicultural.

O processo de reconquista dos festejos populares como indutores do desenvolvimento econômico tem proporcionado números positivos à Prefeitura do Natal e a toda uma cadeia produtiva que inclui artistas, produtores, empresários e ambulantes. Somente no Carnaval Multicultural deste ano, realizado em seis polos distribuídos em todas as zonas da capital potiguar, pelo menos R$ 71 milhões circularam conforme dados de pesquisa tabulada pela Fecomércio/RN.

Mirando a ampliação dos negócios e o aquecimento da economia local que faz aumentar a arrecadação, a Prefeitura do Natal ampliará investimentos no São João e no Natal em parceria com a iniciativa privada.

Entre as outras ações divulgadas pelo Prefeito, estão a realização de alguns eventos já tradicionais da cidade, como o Natal em Natal, e o Carnaval Cultural, além do retorno do Festival Literário da Cidade, que deve voltar a acontecer este ano. “O turismo de eventos será incrementado. Entendemos que a arte e a cultura devem existir como prioridade e fatores de desenvolvimento de uma cidade e um Estado”.

Fátima Bezerra: “A cultura tem potencial de gerar empregos”

Fátima Bezerra, governadora


A governadora Fátima Bezerra afirmou durante o  seminário Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte, promovido pela TRIBUNA DO NORTE,  que “devemos enxergar a cultura enquanto instrumento potente de emprego e geração de renda, não só enquanto identidade de uma nação, mas com potencial de geração de emprego e geração de renda”. Ela contextualizou o potencial do setor ressaltando que o mesmo contribui com cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Além disso, a arte e a cultura contribuem para o desenvolvimento de grupos artísticos em diversos ramos, amplia negócios nas indústrias gráfica e fonográfica, tem importante papel na geração de empregos formais e informais e, de forma a se destacar no Rio Grande do Norte, o fomento ao artesanato nas diversas regiões do Estado.

Fátima Bezerra anunciou o investimento de R$ 6 milhões em eventos culturais através da Lei Câmara Cascudo. Parte desse valor, em torno de R$ 3 milhões, formará o Fundo Estadual de Cultura, que será usado pela Fundação José Augusto (FJA) para a promoção de projetos culturais sem apoio financeiro externo.

O Governo do Estado também criará uma linha de fomento específica para a Arte e Cultura a partir dos recursos da Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN). Cerca de R$ 8 milhões serão destinados a essa linha de financiamento cujo objetivo é fomentar o setor no Estado.

A governadora não esqueceu de citar o fechamento de empreendimentos públicos culturais como o Teatro Alberto Maranhão (TAM) e a Biblioteca Câmara Cascudo, que foi reinaugurada sem dispor dos equipamentos necessários ao funcionamento. Ainda há obras na Fortaleza dos Reis Magos e no Museu da Rampa. “Estamos fazendo uma força-tarefa para destravarmos essas obras junto à Secretaria de Infraestrutura para entregarmos à população. É inadmissível que eles não estejam funcionando. Precisamos entregar esses equipamentos ao povo do Rio Grande do Norte e não podemos negligenciar com isso”, enfatizou a governadora.

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