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Gol com uma ‘cara’ de despedida

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Alison, autor do gol que acabou com o jejum de três anos sem título para o América, ainda não definiu o seu futuro. O Zagueiro que não escondeu a emoção ao falar sobre o lance: que garante estar registrado como um dos melhores momentos de sua carreira. Não afiançou a prorrogação do contrato com o Alvirrubro para disputa do Brasileiro da Série D, acenando com a possibilidade de aposentadoria. O atleta considerou o ano bem difícil, ainda mais por estar passando por uma experiência nova: a de ser reserva. Mas disse que confia muito em Deus e sabia que o Senhor iria operar uma coisa boa para sua vida.

Alison diz que vem pensando bastante na possibilidade de se aposentar, mas não definiu o futuro


Alison diz que vem pensando bastante na possibilidade de se aposentar, mas não definiu o futuro

Com a voz embargada pela emoção, em meio a grande festa dos torcedores americanos, ele tentou descrever o que o gol do título significou e lembrou dos sonhos que tinha defendendo o América, clube que o revelou para o futebol.

“Esse gol significou muito, sai muito jovem desse clube e depois de mais de uma década voltei para tentar realizar o meu sonho e o sonho dessa torcida. Quis Deus me fazer essa oferta, rodei o Brasil à fora, percorrendo várias estradas e 17 anos depois voltei para poder dar esse título tão importante para recuperação do América. Me profissionalizei aqui e depois desse tempo todo Deus me concede essa dádiva. Sou muito grato ao Senhor por tudo que realiza de bom em minha vida”, afirmou o zagueiro, que não escondia as lágrimas acumulando nos olhos.

Um verdadeiro monstro dentro de campo, onde defende as suas equipes com garra e determinação, mas um cidadão tranquilo e muito religioso fora das quatro linhas, Alison fala da importância de ser um homem de Deus.

“Não tenho como mensurar a gratidão pelo que o Nosso Senhor Jesus Cristo me proporcionou. Muitas vezes, até me questiono se sou realmente merecedor daquilo que Ele faz por mim. Só tenho  de agradecer e honrar! Honrar minha família e o Senhor Jesus!” destacou.

O zagueiro do América confessa que foi para o campo com o pensamento apenas de ajudar a sua equipe da melhor forma, não chegou a imaginar que seria o homem do gol, até porque vive uma experiência ímpar nesse retorno ao clube.

“Infelizmente ou felizmente eu estou na reserva, essa é uma condição que nunca tive em minha carreira. Então essa é uma experiência nova e acredito que não foi por acaso também. Quis Deus que a partida acabasse dessa forma, num ano em que sofri com muitas lesões, o que me fez colocar em dúvida a sequência da minha carreira. Mas o Senhor me deu forças para continuar com o meu propósito e reservou um final maravilhoso para encerra esse ciclo”, frisou.

Com relação ao futuro, o zagueiro que promete entrar para história alvirrubra, tal qual o também zagueiro Flávio Boaventura: autor do gol no título do centenário do Campeonato Estadual, optou por não antecipar muita coisa, a não ser, um pequeno desejo de “pendurar as chuteiras”. Ele sabe que a questão do tempo já está interferindo de forma negativa em seu corpo.

“Já estou pensando em encerrar a carreira. Não posso negar que a ideia está sendo amadurecida em minha cabeça. Existem questões envolvendo a família, que começa a questionar se ainda vale a pena passar tanto tempo fora de casa, vem a questão da sequência de lesões, tratamento, que é um negócio chato da carreira de um atleta. Então a gente começa a repensar algumas decisões”, afirmou.

A decisão pode ser tomada antes mesmo do início do Brasileirão, segundo o jogador, que não sabe se irá superar todas as questões para continuar disputando a temporada até o final.

“Não sei se vou disputar a Série D, esse gol pode realmente marcar a minha despedida do futebol. Mas pretendo resolver tudo isso com bastante calma. Porém, repito, a ideia está bem madura na minha cabeça”, salienta Alison.

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