Rio – A expansão do número de passageiros do transporte aéreo no mercado doméstico, que só em fevereiro foi de 22%, fez a Gol revisar para cima seus planos de crescimento. A segunda maior companhia do setor, com 28,77% de participação, vai contratar 1.650 funcionários este ano para os novos 15 aviões que integrarão sua frota, afirmou o vice-presidente de Marketing, Tarcísio Gargioni. A empresa recebeu anteontem o seu 43.º avião (um Boeing 737-700), mas o objetivo é ter 58 até o fim de 2006, 4 a mais que o previsto.
Os planos da Gol eram outros em setembro. Naquela época, a companhia planejava ter 54 aviões em 2006 e tinha 60 pedidos firmes de novas aeronaves com a americana Boeing, de um pacote total de 101 aviões. Seis meses depois, além de ter incluído quatro aparelhos para este ano, o número de entregas que serão feitas pulou para 67.
“No final de 2005, a gente não imaginava que o mercado ia crescer tanto”, admite Gargioni, ao justificar a mudança de planos. Segundo o executivo, no que depender exclusivamente da Gol, outro projeto, este internacional, sairá da gaveta no segundo semestre: uma empresa de custos e tarifas baixas que a companhia vai implementar no México, com um empresário local. “É difícil dizer quando o projeto sairá do papel. Não depende só da nossa vontade”, ressalva.
O mercado doméstico, estima Gargioni, tem chances de crescer até 20% este ano, praticamente repetindo o resultado do ano passado, que ficou em 19,4%. Sobre o futuro da Gol no ranking do transporte doméstico de passageiros, o executivo prefere não polemizar. “Estar mais perto do primeiro lugar ou longe da terceira posição, para nós não faz diferença.