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Goleiro boliviano se destaca e segura empate sem gols com o Brasil em La Paz

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A seleção brasileira conheceu nesta quinta-feira um outro obstáculo boliviano além da altitude de La Paz. O goleiro Carlos Lampe foi mais poderoso do que os 3,6 mil metros da capital da Bolívia ao segurar o ataque brasileiro, principalmente Neymar, e garantir o empate em 0 a 0 no estádio Hernando Siles, pela 17.ª e penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia.

Brasil

Foram seis confrontos diretos entre Lampe e Neymar, todos com supremacia do boliviano. Festejado pela torcida, o goleiro fez pelo menos 10 defesas importantes. Se a altitude foi minimizada com a logística da seleção de viajar para La Paz horas antes do jogo e pareceu não incomodar, faltou capricho nas finalizações para voltar da cidade com uma vitória pela primeira vez em 20 anos.

O segundo empate seguido do Brasil nas Eliminatórias não atrapalha em nada a condição tranquila na tabela de classificação. A única frustração é ver escapar a chance de obter a melhor campanha da história da competição, obtida pela Argentina para o Mundial de 2002. A seleção precisava vencer os dois últimos confrontos para quebrar a marca.

O temor com a altitude modificou o estilo de jogar do Brasil. O futebol de toques rápidos no ataque deu lugar à tranquilidade para tocar a bola e deixar o jogo mais lento. A equipe nitidamente queria poupar oxigênio, não se desgastar com o gramado seco e irregular. A postura foi mantida nos 20 minutos iniciais, até a equipe se sentir mais confiante e com espaços para atacar a Bolívia.

Quando o Brasil se soltou, as chances vieram a partir dos 23 minutos, momento da primeira finalização com Neymar. O chute iniciou o show de defesas de Lampe. Aplaudido pela torcida, o boliviano ainda defenderia duas finalizações. Uma frente a frente com o próprio Neymar e outra de Gabriel Jesus. O desperdício de chances brasileiras chegaria ao cúmulo no fim do primeiro tempo. Neymar passou pelo goleiro e chutou duas vezes. Em ambas o zagueiro Valverde tirou de cima da linha.

A Bolívia respondeu no fim do primeiro tempo. Bejarano chutou de fora da área e acertou o travessão. O susto foi um recado prévio para o temido segundo tempo. O Brasil estaria mais cansado, mesmo após a sessão de oxigênio no vestiário. Ainda assim, continuou no comando da partida, com mais posse de bola e ataques perigosos. No primeiro chute a gol, só para variar, Lampe defendeu tentativa de Paulinho.

Tranquilo em campo e sem sentir pressão, o Brasil administrou o ritmo de jogo no segundo tempo sem ser ameaçado na defesa. A Bolívia era fraca demais para levar perigo e se perdia sozinha nos lances ofensivos. Nem mesmo o estádio lotado chegou a exercer tamanha pressão, pois muitos torcedores estavam mais ansiosos para aplaudir Neymar do que contar com alguma vitória. Mas palmas de verdade, só para Lampe, autor de novas defesas.

Os testes promovidos pelo técnico Tite na escalação tiveram poucas oportunidades para mostrar serviço. O zagueiro Thiago Silva se machucou e saiu ainda no primeiro tempo e o lateral-esquerdo Alex Sandro pouco apareceu no ataque.

Ficha Técnica

Bolívia (0) Lampe; Gutiérrez, Valverde e Ráldes; Bejarano, Justiniano (Castro), Machado, Arce (Salcedo) e Morales; Marcelo Moreno e Fierro (Álvarez). Técnico: Mauricio Soria.
Brasil (0) Alisson; Daniel Alves, Miranda, Thiago Silva (Marquinhos) e Alex Sandro; Casemiro; Philippe Coutinho (Willian), Paulinho (Fernandinho), Renato Augusto e Neymar; Gabriel Jesus. Técnico: Tite.
Cartão amarelo: Valverde (Bolívia).
Árbitro:Fernando Rapallini (Fifa/Argentina).
Renda e público: Não disponíveis.
Local: Estádio Hernando Siles, em La Paz (Bolívia).

Estadão Conteudo

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