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Governador do DF lança Agripino para vice-presidente

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Anna Ruth Dantas – Repórter

O seminário gestão dos municípios, promovido ontem pelo DEM do Rio Grande do Norte, serviu como um grande pano de fundo para uma mobilização política em defesa das candidaturas da senadora Rosalba Ciarlini para o Governo e do senador José Agripino Maia para vice-presidente. Veio do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, o primeiro discurso político do evento. Ele propôs que no pleito de 2010 no Rio Grande do Norte, o DEM esteja aliado com o PV, PR e o PMN.

José Roberto Arruda (entre Agripino e Rosalba) quer o senador potiguar na disputa nacional“Se conseguirmos construir uma chapa majoritária só com as pessoas presentes aqui, Rosalba vai ser governadora do Estado”, destacou. Também foi de José Arruda o outro “lançamento político” da tarde. Ele afirmou acreditar que no próximo ano o senador José Agripino Maia será convocado para ser candidato a vice-presidente. “Quem sabe José Agripino não será convocado para contribuir com o Brasil.  Sinto cheiro de vitória nesse auditório”, comentou o governador do Distrito Federal.

Para José Roberto Arruda o evento organizado pelo DEM do Rio Grande do Norte marca o início da campanha eleitoral. “O aniversário de 30 anos de José Agripino é o primeiro dia de uma campanha vitoriosa no RN em 2010. Muitos se lembrarão do dia em que lideranças políticas nacionais vieram pedir emprestado José Agripino para construir a aliança que dará a vitória no Governo Federal em 2010”, comentou. No evento em que era homenageado pelos 30 anos de vida pública, o senador José Agripino Maia também trouxe o seu “desejo de composição para 2010”. Foi publicamente que ele propôs ao senador Garibaldi Filho uma aliança política para o próximo pleito.

“Sua companhia (Garibaldi Filho) me agrada, você é uma figura amena, de convívio agradável. Não sei se estaremos ou não em 2010, mas espero que sim”, comentou. E na proposta de aliança, o líder do DEM foi mais além: “Se há uma coisa que gostaria de juntar em 2010 era a aliança que elegeu Micarla (PV, PR, DEM, PMN, PP e PTB) junto com Garibaldi (Garibaldi Filho) dentro”. Quem também fez referência ao senador Garibaldi Filho foi a senadora Rosalba Ciarlini. “Foi importante sua força (a de Garibaldi Filho), sua companhia, você me levou a todos os recantos desse Estado e me apresentou ao PMDB que me acolheu e me fez a primeira senadora do RN. Eu só tenho colhido amigos e entre eles eu posso dizer que tenho o senador Garibaldi Alves Filho”, afirmou.

Aliança com PMDB é mais fácil nos Estados

O presidente nacional do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), admitiu que está mais difícil o PMDB se aliar ao DEM e PSDB no pleito nacional.  “Acho que em nível de Estado é possível. Em nível nacional, parece muito difícil (uma aliança como os peemedebistas). O mais importante, neste momento, é ver onde o PMDB tem mais relação conosco para atraí-los, mas não podemos esquecer o foco que são os três partidos que estão na oposição (DEM, PSDB e PPS)”, observou.

Rodrigo Maia destacou que não pode atrair um novo aliado em detrimento de perder outro. “Para trazer um novo aliado não podemos deixar de lado um desses três partidos”, destacou. O presidente nacional do DEM disse que vê “muitas chances” de serem feitas várias alianças com o PMDB nos Estados, inclusive no Rio Grande do Norte. “Acredito que no Rio Grande do Norte poderemos estar juntos novamente”, enfatizou o deputado federal carioca, que participou do seminário do DEM em Natal.

Sobre a situação dos municípios brasileiros, o parlamentar do DEM lamentou que a crise econômica tenha atingido “fortemente” as Prefeituras e defendeu que o governo federal adote medidas para ajudar na recuperação das receitas.

“Os municípios sofreram muito com a crise econômica. Os municípios precisam muito recuperar as receitas que perderam com a crise mundial”, completou.

Bate papo com Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo

O que fazer para gerir um município neste período e crise?

É muito importante o estabelecimento de prioridades para que as pessoas não sofram necessidades por conta da crise. As prioridades devem sempre estar associadas para o campo social, na educação, na saúde, na assistência social. Para que a gente possa com menos recurso fazer o melhor possível com as pessoas mais carentes.

Os que mais sofrem são os municípios pequenos…
É importante haver uma integração de esforços dos governos estaduais e federal para que possa haver alternativa de recurso, sem aumentar a carga tributária, mas com transferência compatível com as necessidades básicas dos municípios, em especial os pequenos municípios.

O senhor vê alternativas para os pequenos municípios evitarem o agravamento da crise?
Repasses de outras formas sem aumentar a carga tributária, de parte dos Governos federal e estaduais.

Qual o grande desafio de quem administra uma cidade como São Paulo?
O maior desafio é você, com poucos recursos, superar as imensas dificuldades que temos, principalmente no campo social, na saúde e educação. Infelizmente, os investimentos nas últimas décadas não foram compatíveis com o que uma cidade da dimensão de São Paulo precisa. No momento em que a arrecadação baixa nós não podemos baixar o padrão da saúde e educação.

Por que a reforma tributária ainda não saiu?
A reforma tributária é fundamental. Nossa expectativa é que tenhamos no próximo governo não mais o seu adiamento. O presidente Lula não fez a reforma tributária e isso foi um grave erro da sua gestão. E até para ser justo o presidente Fernando Henrique também não fez a reforma tributária. E isso (a reforma) está se tornando inadiável. Espero que possamos ter na próxima gestão a reforma tributária.

Ao adiar reforma tributária, o presidente estaria evitando o embate entre os governadores do Nordeste e do Sudeste?
Acredito que sim. Mas eu não tenho preocupação em relação a isso (esse embate entre governadores).

O senhor cogita possibilidade de renunciar a Prefeitura para disputar o pleito de 2010?
Não. Continuarei na prefeitura.

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