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Governo abre mais 54 leitos covid-19 no Rio Grande do Norte

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Cinquenta e quatro leitos públicos ou privados contratualizados serão reativados para o tratamento de covid-19 e casos de síndrome respiratória grave. A decisão foi confirmada pelo secretário de saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, e deve ocorrer até o início da próxima semana. O reforço na rede de assistência será viabilizado pouco após o estado registrar o maior número de solicitações diárias para novas internações (58) desde julho do ano passado. 
Cipriano Maia explicou que serão 11 leitos críticos e 43 leitos clínicos. Gestão de leitos será modificada pela Secretaria de Saúde
O reforço na rede pública de leitos estará à disposição para casos de covid e de síndromes respiratórias graves, sobretudo acarretadas pela influenza.  Do total, 11 correspondem a leitos críticos (seis no Hospital Regional de Pau dos Ferros e cinco no Hospital João Machado, em Natal) e 43 a clínicos (mobilização em Pau dos Ferros, Mossoró, Assu e Natal). Apesar de representarem o maior quantitativo na operação que será feita, os leitos clínicos (32,37%) estavam em menor ocupação em relação aos críticos (61,29%). A expectativa da gestão estadual é, além de reativar leitos, melhorar a “gestão da regulação”. Para Cipriano, parte das internações em leitos de UTI e UCI reúnem condições de serem transferidas para leitos clínicos. 
“Isso se faz com avaliação diária dos casos, com agilização de exames, para acompanhamento do paciente, tudo para que o leito crítico possa ser para uma demanda emergencial”, afirma o gestor. Um dos exemplos citados pelo secretário são pacientes que não estão entubados mas que estão sob suporte ventilatório, por exemplo, de um cateter. Para o gestor, há condições disso ser feito em um leito clínico. “Estamos pedindo isso para as equipes”, afirma Cipriano, afirmando que contou com auxílio do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para implementar as mudanças na gestão clínica de leitos.
Diante do quadro, o reforço da rede de assistência se faz necessário. Cipriano destaca que, além dos leitos que serão reativados sob administração estadual, a pasta fez contato junto a municípios com rede própria como Natal e Parnamirim. O pedido foi para que esforços semelhantes fossem feitos e locais para novas internações fossem reativados. O gestor estadual confirmou que a capital potiguar deve reabrir 40 leitos clínicos. 
“O secretário (George Antunes) se comprometeu conosco a reativar leitos. Na reunião com os municípios da região metropolitana de Natal, também de dialogamos nesse sentido pra que o município de Parnamirim, que também já teve leitos abertos na outra onda, pudesse discutir a relativação de leitos”, afirma. 
Com o reforço, o estado deve chegar a 135 leitos críticos e 182 clínicos. A reativação de espaços de internação ocorre num momento de aumento no percentual de ocupação de leitos críticos e clínicos no Rio Grande do Norte. Até o fechamento da reportagem, 76 leitos de UTI e UCI eram destinados ao tratamento da covid (61,29% do total em operação). Outros 22 estavam alocados com pacientes em tratamento de síndrome respiratória grave (17,74%). Já em relação aos leitos clínicos, 45 eram alocados para pacientes com covid (32,37%) e 19 para não covid (13,67%). 
Além do aumento percentual, o estado registrou o recorde de solicitações para novas internações desde o dia 15 de julho. Foi na quarta-feira (19), quando a rede pública registrou um total de 58 solicitações. O número ainda é bem inferior ao pico registrado em 26 de maio de 2021, quando foram feitas 156 solicitações para internações. 
Passaporte vacinal
Tem início hoje a exigência do passaporte vacinal em bares e restaurantes no Rio Grande do Norte. A definição ocorreu após publicação de decreto no Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira (18). Não serão todos os estabelecimentos que precisarão exigir a medida. De acordo com o decreto, apresentação do passaporte vacinal será obrigatória em estabelecimentos fechados como shoppings, bares e restaurantes, bem como ambientes abertos com capacidade de ocupação a partir de 100 pessoas.  Locais abertos e com capacidade de receber menos de 100 pessoas estão dispensados da exigência. 
A medida não foi bem recebida por algum dos representantes dos setores envolvidos. Foi o caso da Abrasel, que afirmou que a medida representa aumento de custos para os estabelecimentos. “Talvez não represente aumento de despesas para os restaurantes maiores, que normalmente têm uma pessoa que faz o controle de entrada a esses locais, mas o nosso setor é praticamente composto de micro e pequenas empresas, os quais não têm essa figura. Então, isso vai ser um custo a mais”, destacou Passariello.
A Fecomércio/RN classifica a medida [exigência do passaporte vacinal] como necessária, pelo contexto e pela importância de prevenir qualquer medida de fechamento de estabelecimentos  comerciais.
“Entendemos que, lamentavelmente, esta decisão é imposta pelo contexto de rápido contágio da variante Ômicron em sobreposição com o surto de Influenza, que têm sobrecarregado o sistema de saúde em todo país. Nosso compromisso principal, neste novo momento, deve ser garantir o não retrocesso do funcionamento das atividades econômicas e essa medida é um cuidado adicional neste sentido”, explicou a Federação.
RN atinge mil casos pelo segundo dia 
Pelo segundo dia consecutivo, o Rio Grande do Norte confirmou mais de 1 mil casos de covid-19. Nesta quinta-feira (20), a Secretaria Estadual da Saúde Pública contabilizou mais 1.112 casos da doença. Nessa quarta-feira (19), o estado registrou o recorde diário de notificações, com 1.307. No total, desde o início da pandemia, o Rio Grande do Norte registrou 399.213 casos de infecção pela doença. 
Nas últimas 24 horas também foram confirmados dois óbitos pela covid-19, um em Natal e outro em Apodi. O estado já confirmou 7.622 mortes pela doença e 1.479 seguem em investigação. A Sesap faz uma estimativa que há 10.392 potiguares infectados pelo coronavírus acompanhados, atualmente, nas cidades do Rio Grande do Norte.
O Rio Grande do Norte registra, atualmente, a segunda maior taxa de transmissão da Covid-19 desde o início da pandemia, em março de 2020. O índice verificado desta semana está em 1,55, segundo dados do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN (LAIS/UFRN). Aliado a isso, o mês de janeiro tem sido marcado por alta de casos positivos, aumento da demanda por testes em laboratórios privados e recomendações para contenção do contágio. Na última quarta, o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) registrou 1.304 novos casos de covid, o maior número de 2022.
O maior índice de transmissibilidade em toda pandemia foi registrado na semana 11 de 2020, com uma taxa de 1,57. Isso significa que o contágio está fora de controle, com 100 infectados podem transmitir o vírus para outras 155 pessoas. Os altos índices de transmissibilidade também são vistos nas três principais cidades do RN. Em Natal, a taxa é de 1,63, o mais alto em toda a pandemia. Em Mossoró, 1,52 (terceiro mais alto da pandemia), e em Parnamirim, 1,38. As taxas são exemplificadas nos novos casos diários de coronavírus no Estado. Nos últimos sete dias, por exemplo, em dois deles foram registrados 975 e 968 notificados. No dia 13 de janeiro, 682 registros já haviam sido notificados, número que até então era o maior em seis meses. 
Para especialistas em saúde pública ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE, o aumento de casos também pode estar associado às festas de fim de ano e encontros familiares, bem como o avanço da vacinação, que faz com que parte da população relaxe nas medidas de segurança. 
Testes rápidos
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) distribuiu nesta quinta-feira (20), aos 167 municípios do Rio Grande do Norte, um total de 500 mil testes rápidos para o diagnóstico da Covid-19.
Os testes enviados pelo Ministério da Saúde são do tipo Swab que vão permitir a ampliação do acesso ao diagnóstico da Covid nas unidades básicas de saúde, centros Covid e outras localidades que os municípios utilizem para o fácil acesso da população. 
A indicação é para que a testagem seja feita a partir de 48h após o surgimento dos primeiros sintomas respiratórios. De acordo com Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap, o resultado negativo do exame não implica necessariamente na retomada das atividades. “As pessoas com quadro de síndromes gripais devem permanecer isoladas para que a disseminação do vírus diminua no estado. Para quem testar positivo é importante que essas pessoas possam garantir o acesso aos testes também de seus familiares, especialmente os mais vulneráveis, para proteger essas pessoas e evitar novos óbitos”.
A Sesap reforça ainda a necessidade de manter as medidas de proteção como o uso de máscara e evitar aglomerações, além da importância da vacinação a todas as faixas etárias já elegíveis.
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