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Governo da Líbia rejeita condições de rebeldes para cessar-fogo

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O governo líbio rejeitou na sexta-feira (1º) as condições impostas pelos rebeldes para um cessar-fogo, alegando que as tropas líbias não deixarão as cidades ocupadas, como exigido pela oposição.

“Eles estão nos pedindo para sair das nossas próprias cidades… Se isso não é loucura, não sei o que é. Não vamos deixar as nossas cidades”, disse o porta-voz do governo Mussa Ibrahim.

A proposta de um cessar-fogo havia sido anunciada por Mustafa Abdel Jalil, membro do Conselho Nacional de Transição (CNT), que reúne os rebelados, caso as forças de Kadhafi suspenderem a ofensiva contra as cidades sob controle dos insurgentes.

Brega
Rebeldes líbios seguiram com armamento mais pesado para a cidade petrolífera de Brega e tentaram formar uma força mais disciplinada com suas unidades improvisadas para recuperar o ânimo contra o Exército regular de Muammar Kadhafi.

Enquanto a ação militar parecia caminhar para um impasse, os esforços diplomáticos da coalizão buscavam abalar o poder de Kadhafi em Trípoli. Londres exortou as pessoas leais a Kadhafi a abandoná-lo, seguindo a deserção do ministro das Relações Exteriores Moussa Koussa.

Os rebeldes disseram que nenhum lado pode reclamar o controle de Brega, uma de várias cidades petrolíferas ao longo da costa do Mediterrâneo que foram ocupadas e perdidas diversas vezes pelos dois adversários nas últimas semanas. Os insurgentes não conseguiram manter suas posições nem mesmo com a ajuda dos ataques aéreos do Ocidente.

A Líbia enfrenta uma batalha desde o começo deste ano, quando manifestações pedindo a renúncia do ditador Kadhafi, há 42 anos no poder, se tornaram confrontos violentos e passaram a ser reprimidos com força pelo regime.

Nesta sexta-feira havia sinais de uma abordagem mais organizada. Os revoltosos afirmaram que mais oficiais treinados estão no front, foguetes mais pesados foram vistos rumando para Ajdabiyah na noite de quinta-feira e o posto de passagem estava verificando quem atravessava.

“Só quem tem armas pesadas está podendo passar. Civis sem armas são proibidos”, disse Ahmed Zaitoun, um dos combatentes rebeldes e parte de uma brigada de voluntários civis que receberam mais treinamento que a maioria.

“Hoje temos oficiais indo conosco. Antes íamos sozinhos”, disse ele, e apontou um homem que reclamava por ser detido em um posto de passagem, acrescentando: “Ele é um garoto e não tem arma. O que vai fazer lá?”

Na estrada entre Ajdabiyah e a “capital rebelde” Benghazi, armas eram posicionadas em valas recém cavadas mirando Ajdabiyah e o front de batalha, o primeiro sinal de posições de defesa organizada protegendo Benghazi.

* Fonte: G1.

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