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Governo descarta risco de novo apagão elétrico

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APAGÃO ELÉTRICO - Nelson Hubner desmentiu a possibilidade de um novo apagão

Brasília – O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, disse  ontem que a afirmação feita na terça-feira pelo diretor-geral da Agência Nacional  de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, de que não é impossível haver racionamento  de energia este ano expressa “a posição individual de Kelman e não reflete o  pensamento da diretoria da Agência”.

Hubner foi além e assegurou que não há  risco de o país viver um novo apagão neste ano ou em 2009. “Está descartado  apagão elétrico em 2008 e 2009”, afirmou.  O ministro já chamou Kelman para conversar. Ele lembrou que o governo possui  “vários espaços para debate”, como o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico  (CMSE), que inclusive tinha reunião marcada para ontem à tarde. Criado após o racionamento  de 2001, o CMSE é um órgão que tem como principal função acompanhar periodicamente  a situação do abastecimento de energia elétrica. Apesar das declarações de Hubner, a situação de fornecimento de energia preocupa  o governo.

Tanto é que no início da noite de ontem, depois da entrevista do ministro,  o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião com Hubner, Kelman  e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp,  para discutir o assunto.  CHUVAS – “Ele colocou uma posição individual dele. Eu questionei a diretoria  da Aneel se era uma posição dele ou uma posição da agência. Disseram que não,  que foi uma expressão individual do diretor e não é uma posição da agência”,  reforçou o ministro, ao comentar as declarações de Kelmann.  Para Hubner, apesar de os reservatórios das usinas hidrelétricas estarem baixos,  não há motivo para alarde com relação à situação do fornecimento de energia  elétrica no País.

Segundo ele, o quadro atual é diferente do registrado em 2001,  quando ocorreu o racionamento de energia. “A população brasileira já ficou traumatizada  com o que aconteceu em 2001. A situação atual é bem diferente daquela. Nós criamos  mecanismos para evitar que aquilo se repita”, afirmou.  O ministro reconheceu que no último trimestre de 2007 o ciclo hidrológico foi  desfavorável e houve um retardamento das chuvas. Mas ele lembrou que o País  está apenas no 10º dia do período em que normalmente chove com mais intensidade,  que vai de janeiro a abril. 

Hubner afirmou que as usinas termelétricas foram acionadas para garantir a segurança  do sistema elétrico. “A previsão hidrológica é uma ciência incerta. Por isso  antecipamos a geração das térmicas”, explicou.  Segundo ele, como o período das chuvas ainda está apenas no início, se mais  adiante o governo chegar à conclusão que o nível dos reservatórios continua  abaixo do ideal, mais usinas termelétricas poderão ser acionadas. 

Reservatórios têm seu nível rebaixado

São Paulo – O nível dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste continua caindo, apesar do esforço do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para poupar as hidrelétricas ao acionar as usinas termelétricas. O informativo preliminar diário de ontem, publicado pelo ONS, mostra ligeira queda de 0,1 ponto porcentual no nível de armazenamento das usinas das duas regiões, para 44,7% da capacidade total.

Por conta disso, diminuiu ainda mais a diferença entre a curva do nível de armazenamento dos reservatórios e a curva de aversão ao risco (CAR), referência para o volume de água necessário que garantiria o abastecimento do mercado com segurança. No Nordeste registrou ligeira melhora. O nível dos reservatórios avançou de 27% para 27,1%.  No Sul, o recuo foi de 0,3 ponto porcentual no volume de água. No Norte, o nível de armazenamento recuou 0,1 ponto porcentual.

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