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Governo do PT revogará medidas introduzidas pelo governo Temer, diz Pochmann

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O economista Márcio Pochmann, responsável pelo programa de governo do PT, defendeu que um eventual mandado petista irá revogar as medidas adotadas por Michel Temer. “Defendemos assembleia constituinte no primeiro ano de governo”, afirmou. A fala foi feita durante debate com economistas de presidenciáveis promovido pelo Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE) em conjunto com a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) e com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) nesta quarta-feira, 15, em São Paulo. Para alcançar tais metas, a economista disse que a primeira etapa é sanar as contas públicas.

Pochmann:  otimismo é sinal de que brasileiro aprendeu a lidar com juros
Márcio Pochmann, responsável pelo programa de governo do Partido dos Trabalhadores

Sobre impostos, tema que tem ganhado cada vez mais voz entre os presidenciáveis, Pochmann disse que um eventual governo petista iria reduzir os tributos incidentes sobre os mais pobres. Na contramão, eles pretendem descentralizar o poder dos bancos no setor financeiro. “Nosso programa prevê tributação do spread bancário”, afirmou, acrescentando também a descentralização do poder da imprensa.

BC
Pochmann afirmou que em um novo governo petista a autoridade monetária deixará de ser “mera controladora” da moeda. “O Banco Central controlará a inflação, mas comprometido com o crescimento visando a geração de empregos”, defendeu.

Ele disse que a valorização do real nos últimos 20 anos e o juro alto foram uma combinação “nefasta” para o Brasil. Esse cenário contribuiu, segundo ele, para a perda de competitividade da indústria nacional.

Pochmann também criticou a atual gestão de empresas públicas no Brasil, com destaque aos bancos públicos. Segundo ele, enquanto a Caixa está tendo lucros milionários, a instituição tem deixado de fazer financiamentos importantes para os mais pobres. As empresas públicas, desta forma, deveriam ter um papel social, não visar apenas o lucro.

“Vamos tirar dos bancos públicos a atual lógica dos privados”, disse, reforçando que, se for para permanecer desta forma, “pode privatizar”. A crítica também englobou o Banco do Brasil e a Petrobras – em que os preços dos combustíveis teriam seguido a lógica do mercado, não a necessidade da população.

Mais cedo no evento, Pochmann disse que a proposta de seu partido é criar um tributo sobre o spread bancário. Confrontado em segundo momento, entretanto, amenizou: “nossa proposta não é tributar spread, é criar imposto regulatório”, disse. “Bancos que apresentarem juros baixos não serão tributados”, acrescentou.

Estadão Conteúdo

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