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Governo dos EUA admite grampos telefônicos

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Washington – O governo dos Estados Unidos vem coletando, de forma secreta, registros telefônicos de milhões de clientes norte-americanos da companhia Verizon sob uma ordem judicial secreta, segundo a presidente do Comitê de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein. O governo Obama defendeu a necessidade da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) de coletar registros telefônicos dos cidadãos norte-americanos.
Monitoramento é a mais recente controvérsia a atingir Obama
A democrata Feinstein disse ontem (6) que a ordem judicial secreta para a coleta dos registros telefônicos é uma renovação de três meses para uma prática já em curso. Ela falou com os jornalistas durante uma coletiva de imprensa.

A coleta de registros telefônicos no país acontece há anos e era parte fundamental do programa de vigilância do governo de George W. Bush, informou um funcionário do governo nesta quinta-feira. A divulgação da coleta dos registros é a mais recente controvérsia a atingir o governo Obama.

O presidente também é alvo de questionamentos sobre as ações da receita federal em relação a grupos conservadores, o confisco dos registros telefônicos de um jornalista numa investigação sobre quem vazou informações para a mídia e a forma como o governo tratou o ataque terrorista contra a embaixada dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, que resultou na morte de quatro norte-americanos.

A Casa Branca não fez comentários formais sobre o assunto. O procurador-geral Eric Holder evitou perguntas sobre a questão durante apresentação perante um subcomitê do Senado. Ele sugeriu que a questão seja discutida uma sessão secreta.

A ordem foi emitida pelo Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira em 25 de abril e vigora até 19 de julho, informou o jornal britânico The Guardian. Pela ordem a Verizon, uma das maiores empresas de telecomunicações dos Estados Unidos é obrigada a fornecer “diariamente” à NSA informações sobre todas as ligações fixas e móveis dos sistemas da empresa, tanto dentro do território norte-americano quando entre os Estados Unidos e outros países.

O documento mostra, pela primeira vez, que no governo Obama os registros de comunicação de milhões de cidadãos norte-americanos são coletados indiscriminadamente e em massa, independentemente de as pessoas serem suspeitas ou não de algum delito.

Um ex-funcionário da inteligência norte-americana, que conhece o programa da NSA, disse que os registros de todas as empresas de telefonia norte-americanas seriam coletados pelo governo, por meios das ordens judiciais, e que os dados incluem números residenciais e comerciais.

As reações à revelação – tanto contra quanto a favor – refletem o vigoroso debate em Washington sobre como melhor equilibrar os objetivos de proteger o país de ataques terroristas ao mesmo tempo em que se assegura a privacidade e os direitos civis dos norte-americanos.

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