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Governo quer evitar que Dilma fale sobre dossiê

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 Publicada às 13h45

Depois de rejeitar hoje a convocação da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado, o governo vai atacar agora em outra frente: evitar que a ministra, que estará na Comissão de Infra-Estrutura no próximo dia 30, fale sobre a elaboração e vazamento do dossiê com os gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua mulher Ruth Cardoso nos cartões corporativos.

"Não pode ser uma convocação anti-regimental", afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que está preparando recurso para derrubar requerimento aprovado na última semana, que incluiu o caso do dossiê na audiência da ministra. Jucá vai pedir ao presidente da Comissão de Infra-Estrutura, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), que reúna o colegiado ainda hoje para examinar o assunto.

Para derrubar hoje mais uma convocação de Dilma Rousseff, a base aliada pegou a oposição de surpresa. Ao contrário das duas convocações anteriores, os senadores governistas chegaram cedo à reunião. Quando os senadores de oposição chegaram à sala, o requerimento já havia sido rejeitado por voto simbólico, depois de uma manobra de Jucá que inverteu a pauta para permitir que o pedido, assinado pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM) fosse votado em primeiro lugar. "Um dia é da caça o outro do caçador", disse Jucá. "E seria desvirtuar os objetivos da Comissão", completou o líder do governo.

"Há excesso de proteção"

O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), afirmou hoje que não acredita que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, esteja evitando falar a respeito do suposto dossiê sobre despesas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas que está havendo "um excesso de proteção" à ministra e que "está na hora de ela falar."

Para Garibaldi, o fato de Dilma ser considerada "mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)" tem gerado "um paternalismo muito grande" ao redor dela "para que não possa dizer alguma coisa." O senador acrescentou: "A ministra certamente merece dos líderes do governo essa dedicação toda, mas tem uma hora em que uma dedicação como essa não serve. Termina não servindo nem à ministra, nem ao País e nem ao governo."

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