segunda-feira, 6 de maio, 2024
25.1 C
Natal
segunda-feira, 6 de maio, 2024

Governo russo viola trégua e invadem cidade da Geórgia

- Publicidade -

CONFLITO - Tropas russas entram na cidade de Gori com a missão de destruir arsenal bélico da GeórgiaTbilisi (AE) – Tanques russos entraram ontem na cidade estratégica de Gori e depois avançaram por outras partes da Geórgia, violando uma trégua negociada pela União Européia (UE) depois de cinco dias de guerra, denunciaram líderes georgianos. Na noite de ontem, os militares russos disseram que desocuparão Gori na quinta-feira. A informação partiu de Alexander Lomaia, secretário do Conselho Nacional de Segurança da Geórgia. "Parece que os russos tomaram a decisão política de desocupar Gori. O comando militar russo me assegurou que eles se retirarão amanhã (hoje)," afirmou Lomaia. Autoridades georgianas denunciaram que a cidade de Gori foi saqueada e bombardeada pelos russos. Em Moscou, autoridades russas negaram a acusação e alegaram não haver motivo para ocupar uma cidade vazia. Depois, colunas de tanques e de veículos militares foram vistas deixando Gori e seguindo ao sul, rumo a outras partes da Geórgia. Os soldados acenaram para os jornalistas e um deles gritou para uma fotógrafa: "Vem com a gente, linda. Estamos indo para Tbilisi!", numa brincadeira com a capital da Geórgia.

Os russos disseram que estão respeitando a trégua, mas admitiram mais tarde que realmente estiveram nos limites de Gori e também da cidade de Senaki, onde "limparam" arsenais do Exército da Geórgia. O chanceler russo Sergei Lavrov explicou que os soldados "estão (nas cidades) para neutralizar um enorme arsenal, com armas e equipamentos militares nos limites de Gori e Senaki. Esses arsenais ficaram sem nenhuma supervisão. Os militares que guardavam os arsenais aparentemente fugiram," disse Lavrov.

O canal de notícias CNN, dos Estados Unidos, chegou a dizer que os tanques russos estavam cercando Tbilisi, mas depois a emissora americana citou o Exército russo para informar que os veículos militares não estavam a caminho da capital georgiana. Um repórter da CNN observou que o Exército da Geórgia não impunha resistência e comentou que aparentemente havia um acordo verbal para que a Rússia estabelecesse uma zona tampão perto da fronteira com a Ossétia do Sul, alvo da ofensiva militar georgiana que na semana passada deu início do conflito entre Moscou e Tbilisi.

Cidade natal do ditador Josef Stalin e situada a apenas algumas dezenas de quilômetros da capital da Ossétia do Sul (Tskinvali), Gori – de 50 mil habitantes – abriga a principal rodovia que corta a Geórgia de leste a oeste. Tomar a cidade significaria dividir o país ao meio – impedindo Tbilisi de se comunicar com diversas cidades em todo o oeste do país. Gori também é considerada estratégica porque, se for ocupada pelas tropas russas, o governo georgiano pode perder sua via de saída ao mar.

E ontem, um avião cargueiro C-17 dos Estados Unidos voou carregado  com suprimentos para a Geórgia. Enquanto isso, o governo americano  dizia que revisará e suprirá as necessidades para reconstruir o Exército da  Geórgia. O presidente George W. Bush anunciou o início da ponte aérea de socorro, alertando  a Rússia que Moscou precisa garantir que aeroportos, portos e rodovias permaneçam  abertos ao trânsito dos civis e trabalhadores humanitários. Nos últimos quatro anos, os EUA providenciaram US$ 200 milhões em várias formas  de assistência militar à Geórgia, para o país do Cáucaso treinar e equipar suas  forças terrestres e especiais, além da missão da Geórgia no Iraque. A Geórgia  era o terceiro país estrangeiro que tinha mais tropas na ocupação do Iraque,  2 mil soldados.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas