O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), lançará segunda-feira (1º), às 10h, o edital de seleção das cooperativas, associações e organizações de agricultores familiares que irão ocupar a Central de Comercialização da Agricultura Familiar em Natal. A previsão é que a central entre em operação nos próximos 30 dias.
Os selecionados irão ocupar 32 boxes, uma lanchonete e 50 pedras para comercialização de produtos agropecuários, hortifrutigranjeiros, cereais, pescado, entre outros. “Os produtores terão um lugar próprio para comercializar seus produtos, eliminando a figura do atravessador e garantindo um preço mais acessível ao consumidor final”, destaca o secretário de Agricultura, Guilherme Saldanha.
A expectativa é que em torno de 1.200 agricultores familiares sejam beneficiados e que seja comercializada uma média de R$ 313 mil por mês, com a venda de 170 toneladas de itens.
Com área de cinco mil metros quadrados ao lado da Ceasa/RN, o equipamento possui área construída de 2,7 mil metros quadrados e 78 vagas de estacionamento.
As obras estruturais estão passando por ajustes finais e, paralelamente a isso, a Emater/RN realiza licitações de equipamentos e móveis. O investimento na compra dos itens será de R$ 1.570.000,00, sendo R$ 1.413.000,00 do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o restante do governo do estado. Reforma e recuperação da estrutura estão orçadas em pouco mais de R$ 616 mil.
Fruto de uma parceria do Executivo estadual com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Central foi inaugurada em 2010 sem estar pronta para uso e nunca chegou de fato a funcionar. Em 2015, o Governo do Estado por meio da Sape concluiu a construção de uma caixa d’água, sistema que faltava para que o equipamento conseguisse autorização do Corpo de Bombeiros para operar. No entanto, com o desgaste e a depredação proporcionada por vândalos ao longo dos últimos anos, foi necessário reconstruir parte da estrutura, reformar e instalar novamente fiação elétrica e equipamentos hidráulicos.
As obras de recuperação começaram em 15 de fevereiro. Na época, a Sape informou que o prazo da obra seria de 90 dias. Toda a reforma e recuperação da estrutura está orçada em pouco mais de R$ 616 mil – quantia que praticamente dobra o valor que o Estado aplicou no projeto.
Isso porque o governo do RN já havia desembolsado R$ 667 mil como contrapartida na construção original, que custou, ao todo, R$ 1,4 milhão. Os R$ 800 mil restantes foram do MDA.