Sobre o que pode ser feito localmente, o VIVER conversou com o diretor administrativo da Fundação José Augusto, Fábio Lima que responde pela esfera estadual e com Dácio Galvão, Secretario Municipal de Cultura de Natal. Ambos aguardam medidas federais.
Fábio Lima acredita que é preciso cautela e diálogo. Quanto ao auxílio para os artistas, ele aponta que a saída precisa vir do Governo Federal. “Os estados vão entrar em colapso financeiro. Estamos participando de fóruns nacionais e imbuídos de somar junto com todos os segmentos para juntar esforços. Estado nenhum consegue fazer isso sozinho. Estamos ouvindo as sugestões e percebo que todas passam pelo governo Federal. Estamos atentos, é legitima a revindicação e isso nos preocupa também”, disse.
Como primeira medida, o governo estadual liberou o pagamento dos 250 mil, parte do edital com total de 1 milhão lançado em 2019. “Criamos uma política de editais ano passado, para contemplar todos os segmentos, teatro de rua, palco, rádios comunitárias, artes visuais, nós estamos empenhados em pagar esses editais, iniciamos ontem o pagamento desses editais. Temos outros prontos que foram discutidos com os segmentos, mas em virtude dessa nova situação é pouco provável que possamos conseguir aprovar edital para esse ano”. Fábio não acredita na possibilidade de auxílios ou editais emergenciais devido à situação que se encontra o governo hoje.
Ao terminar a entrevista, Fábio foi convocado para a uma reunião com a secretária especial da Cultura do governo Bolsonaro, Regina Duarte agendada para hoje (19), por videoconferência para tratar sobre as propostas de enfrentamento de crise.
Município
O secretário Dácio Galvão disse que no plano municipal será feito o possível. “O esforço será no sentido de adiarmos os eventos devido à obviedade da situação calamitosa. Portanto, é aguardar e reagendar. Se não houver saída e a opção for o cancelamento, vamos conversar com o artista ou o produtor para buscar alternativas que atendam as partes”, explica. Quanto à editais emergenciais e fundo de cultura voltado para auxílio, Dácio não observa saída de imediato. “Se não conseguirmos fazer o ciclo junino, por exemplo, o prejuízo para a economia é irremediável.