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Grande novela na Record

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Alex Medeiros 
No último dia 8 deste março, fez 50 anos da estreia da novela “Os Deuses Estão Mortos”, escrita pelo dramaturgo e ator Lauro César Muniz e dirigida por Dionísio Azevedo e Marlos Andreutti. Levada ao ar no horário das 20 horas, foi a produção que iniciou a reação da TV Record às novelas da TV Globo, principalmente ao grande sucesso Irmãos Coragem, que estava no ar desde 1970 e atravessaria o primeiro semestre de 1971, entrando pelo segundo.
Naqueles dias, os poucos aparelhos de televisão na pequena Natal conseguiam sintonizar, via o sinal de Recife, os canais Tupi, Globo, Record e Excelsior, tudo em preto e branco. Um inesquecível momento do meu encanto televisivo foi quando vi alguns capítulos da Família Trapo, o primeiro grande sitcom brasileiro, inspirado em clássicos americanos como I Love Lucy e Dick Van Dike, e que décadas depois provocaria o Sai de Baixo e Toma Lá Dá Cá.
Quando saí de Santos Reis para as Quintas, a Record exibia As Pupilas do Senhor Reitor, baseada no romance do português Júlio Dinis, tentando brigar com as audiências de Irmãos Coragem (Globo) e Simplesmente Maria (Tupi).
Foi do papel principal dali que saiu Dionísio Azevedo para dirigir o roteiro de Lauro César Muniz, um cara que em 1965 trocou a engenharia pelo teatro e logo iria trabalhar na televisão para faturar o troco que promoveria suas peças.
A Record escolheu o período mais propício para encarar uma batalha de novelas, já que a TV vivia o entusiasmo do país com a conquista da Copa de 1970, tendo a Globo atraído o mundo masculino com o futebol na sua novela.
A Tupi, que disputava com a Globo, se manteve na segunda posição com Simplesmente Maria, onde o casal romântico Carlos Alberto e Yoná Magalhães, mesmo assim, não foi suficiente para brigar com Irmãos Coragem.
A história de Os Deuses Estão Mortos se centrava na luta política entre duas oligarquias ao final do século XIX numa cidade chamada Ouro Negro, dividida entre os Almeida Santos, monarquistas, e os Lobo Ferraz, republicanos.
No período da trama, fazia apenas um ano que a Princesa Isabel assinara a Lei Áurea, e os conflitos políticos do país logo se refletem nas relações da cidade, onde Rolando Boldrin é um barão monarquista que tem escravos na fazenda.
Do lado oposto, Fúlvio Stefanini movido pelo espírito da República, proclamada naquele ano, assume o antagonismo do barão. Não que a novela ameaçasse as da Globo e Tupi, mas conseguiu dias de liderança na cidade de São Paulo.
Considerada até hoje uma das grandes produções da dramaturgia da Record, os Deuses Estão Mortos ganhou até uma segunda parte, coisa rara na TV brasileira, com Quarenta Anos Depois, levada ao ar já em dezembro de 1971.
Uma curiosidade naquela trama política de Lauro César Muniz é que em 1979, quando já era consagrado como um dos fundadores da comédia brasileira, ele afirmou que poucas obras vinculadas a ideologias conseguem perdurar.
Dizia se identificar com o ambiente provinciano e divertia-se com as matreirices e os ridículos que marcavam ainda um certo Brasil ingênuo que preferia a compreensão e a ternura. Meio século depois, aquele país já não existe mais.
Os Deuses Estão Mortos teve seu último capítulo, o 242, em dezembro de 1971, poucos dias antes da sequência. Era a pressa por manter a boa repercussão. Aliás, o autor logo emplacaria dois clássicos: Escalada e O Casarão, cujas imagens abrilhantaram os álbuns de figurinhas.
Nojenteza
Os leitores já sabem há tempo que eu acho a chamada grande imprensa um templo de canalhices. Mas a apresentadora global Maju foi de um cinismo repugnante ao dizer que “o choro é livre” com as consequências do lockdown.
Mentirosa
Além do comentário covarde com as milhares de famílias sem sustento, Maju também mentiu descaradamente afirmando que “os especialistas são unânimes” em favor das restrições que impedem o povo de sair pra trabalhar.
Protesto
Na vizinha Paraíba comerciantes estão se mobilizando num boicote publicitário aos canais de TV e rádio que defendem abertamente o lockdown. Não apenas por lá, hoje existem veículos que se transformaram em puxadinho estatal. 
Protagonismo
Em política, não há unção de perfil nem empatia por combustão espontânea. Liderança e popularidade vêm com esforço e trabalho, duas fórmulas a erguer vitrines nas ruas. E no momento, o protagonismo está com Fátima e Álvaro.
Turismo
O governo de Pernambuco preservou Fernando de Noronha das restrições mais rígidas. O arquipélago que atrai turistas do mundo tem protocolo diferenciado do continente, e só é proibido atividades entre 22h e 5h da manhã.
Vacina
Com décadas de serviços prestados à saúde no Estado, o médico Iaperi Araújo vem encarando uma via crucis para conseguir se vacinar. Não tomou sequer a primeira dose, mesmo com servidores bem mais jovens já na segunda dose.
Máscaras 
Na Alemanha, um estudo que avaliou 25.930 crianças revelou que 68% delas apresentaram algum tipo de problema relacionado com o uso de máscara. O estudo foi realizado por cientistas da Witten/Herdeck University, da Renânia.
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