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Grandes santos e muitas virtudes

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Pe. José Nazareno Vieira da Nóbrega – pároco de S. João Batista, Lagoa Seca e vigário episcopal para o clero

Santo Antônio (1195-1231), contemporâneo de São Francisco, é tido como um dos santos mais populares de toda a Igreja Católica, venerado não somente em Pádua, ou Lisboa, onde nasceu, mas no mundo inteiro. Antônio contribuiu de maneira significativa para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com seus fortes traços de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e, principalmente, fervor místico. Exímio pregador, Antônio mostrou ser dotado de tal ciência e eloquência, que os superiores o destinaram à pregação. Esteve também entre os primeiros professores de teologia dos Frades menores, talvez inclusive o primeiro. Colocou as bases da teologia franciscana que, cultivada por outras insignes figuras de pensadores, que teria conhecido seu ápice com São Boaventura e o beato Duns Scotus. O próprio Papa Gregório IX – que, depois de tê-lo escutado pregar, definiu-o como “Arca do Testamento” – canonizou-o em 1232, também a partir dos milagres ocorridos por sua intercessão. O Papa Pio XII, em 1946, proclamou Antônio como Doutor da Igreja, atribuindo-lhe o título de “Doutor Evangélico”, porque destes escritos surge a frescura e beleza do Evangelho.

São João Batista (2 a.C. — 27d.C.), filho de Isabel e Zacarias, vivia no deserto da Judéia. O precursor de Jesus é conhecido como o último profeta do Antigo Testamento e o primeiro do Novo Testamento. Homem de oração, vivia retirado no deserto em contínua vigília com Deus. Entregue às mais duras mortificações, revelou uma humildade profunda ante Jesus, dizendo que não era digno de lhe desatar a correia do calçado (Cf. Mc 1,7) e proclamando: “É preciso que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3, 30). Deixava claro que seu batismo era um símbolo de arrependimento, apenas uma preparação, pois o Messias, sim, dizia ele, era quem batizaria com o Espírito Santo e com o fogo. Limitou-se a dizer que era a “voz que clama no deserto”(Mt 3,3), ensinando com isto que cada um é aquilo que pratica, cada um é o que representam  suas ações, e não o que os outros julgam que seja. Sua generosidade para com os pobres, a renúncia à violência e à opressão marcaram sua existência, o que refletia no seu ensinamento moral. Por tudo isto, teve a honra imensa de batizar o próprio Cristo e santificar para sempre naquele momento a água batismal do sacramento que o Cristo instituiria. João Batista reconheceu em Jesus o Cordeiro de Deus, mostrando uma fé profunda no Redentor. Corajoso, denunciou o matrimônio adúltero e incestuoso de Herodes Antipas com Herodíades (Cf. Mc 6, 14ss), demonstrando que a verdade nunca deve ser traída. Preso, não traiu o mestre; mas permaneceu fiel a ele até o seu atroz martírio.

São Pedro, Apóstolo (Séc. I a.C. – 67 d.C.), intrépido seguidor do Mestre, era homem de temperamento forte. As virtudes de São Pedro fundamentam-se na sua fé, como dom precioso de Deus (Cf. 2Pd 1,1). Aquele que demonstra sua fé no Senhor nos momentos de turbulências e dificuldades: “Aonde iremos, Senhor, somente Tu tens palavras de vida eterna”(Jo 6,68). E em outro momento, respondeu-lhe Pedro: “Mesmo que seja necessário morrer contigo, jamais te negarei!”(Mt 26,35). Mesmo nas fraquezas, buscava demonstrar o amor pelo mestre. Depois de traí-lo, lança-se no mar para alcançá-lo: “Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas”(Jo 21,7b). Decide-se segui-lo até o fim, mesmo sabendo das suas fraquezas e limites. E, ao final, quando questionado pelo Senhor, foi sincero e humilde em dizer: “Senhor, Tu sabes tudo. Sabes que te amo”(Jo 21,17b). Como quem dizia: “Sabes que sou fraco e pecador, mas que decido-me a amá-lo com toda a força do meu amor”.

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