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Gregos preparam novos protestos

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Atenas (AE) – A segunda maior cidade da Grécia, Tessalonica, se tornará um campo de batalha para o descontentamento público contra os esforços de reforma do governo. A previsão é que grandes protestos ocorram neste sábado, mesmo dia em que o primeiro-ministro George Papandreou fará um importante discurso. Mais de 5 mil policiais foram mobilizados para a segurança no centro da cidade, antes do discurso de Papandreou. O premiê deve falar sobre a urgência de medidas planejadas e defender a política do governo, apesar da oposição popular e inclusive dentro de seu Partido Socialista (Pasok).
Garis, médicos, professores e outras categorias de servidores públicos voltam às ruas no fim de semana
O contestado governo grego luta para cortar o gasto público, após receber duros ultimatos de outros governos da zona do euro, indicando que mais dinheiro do resgate do país não será entregue, se Atenas não cumprir suas promessas de reduzir o déficit e revisar a economia. Sem a ajuda, a Grécia ficaria sem dinheiro em semanas, segundo graduados funcionários do governo.

Os protestos envolvem pelo menos seis manifestações separadas. Além disso, várias paralisações estão programadas para os próximos dias contra as reformas do governo, envolvendo desde taxistas a médicos e coletores de impostos. “Há uma perda gradual de confiança pela Europa na capacidade da Grécia realizar suas reformas”, disse David Lea, analista da consultoria independente de riscos Control Risks. “Ao mesmo tempo, com tensões crescentes dentro do Pasok, mais cedo ou mais tarde o governo deve enfrentar uma nova rebelião.”

O governo grego busca eliminar até 120 mil vagas no setor público, segundo um porta-voz. Também quer cortar salários e eliminar benefícios especiais que representam um quarto ou mais dos vencimentos do funcionalismo público. Porém essas medidas ameaçam abrir um fosso nos laços historicamente próximos do Partido Socialista e do setor público. Mais cedo nesta semana, nove parlamentares socialistas criticaram o plano, em carta aos ministros das Finanças e da Administração Pública.

Funcionários da receita e das alfândegas devem cruzar os braços na segunda-feira e na terça-feira contra o corte nos benefícios. Professores convocaram uma paralisação para o próximo dia 22. Há protestos separados planejados para a próxima semana por coletores de lixo. Médicos planejam uma paralisação de 48 horas contra reformas no setor de saúde. Taxistas farão uma segunda greve de 24 horas neste sábado, contra medidas para a liberalização do setor.

Muitos dos grupos também devem participar dos protestos em Tessalonica, que incluirão atos das duas principais centrais sindicais – a GSEE, do setor privado, e a ADEDY, do público – e também do sindicato PAME, apoiado pelos comunistas. Estudantes revoltados com reformas na educação também devem ir às ruas. Mais tarde nesta sexta-feira, a polícia e motoristas de ambulância também protestarão em Tessalonica.

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