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Greve afeta refinarias e transportes na França

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Paris (AE) – Os petroleiros franceses desafiaram ontem o pedido do governo para que voltem ao trabalho e prosseguiram com a greve, escalando a disputa com o presidente Nicolas Sarkozy por causa da reforma da previdência. O Senado francês deverá votar amanhã o projeto de lei de reforma da previdência, que aumentará a idade da aposentadoria de 60 para 62 anos. Doze refinarias estão paradas e a população já teme o desabastecimento de combustíveis. Enquanto isso, jovens queimaram pneus e automóveis em várias cidades francesas, entrando em choque com a polícia nos subúrbios de Paris e em Lyon. No total, 260 escolas foram bloqueadas pelos estudantes.

Durante protestos, jovens entraram em choque com a polícia nos subúrbios de Paris e em LyonOntem, os caminhoneiros aderiram à greve e fizeram uma longa fila com seus veículos na autoestrada de Paris a Lille, no norte do país, exibindo as bandeiras vermelhas dos sindicatos nas cabines. Estudantes do Liceu Joliot Curie, no subúrbio parisiense de Nanterre, bloquearam a escola. Cerca de 100 estudantes enfrentaram a polícia que os dispersou disparando balas de borracha. Sindicatos de ferroviários, que declararam greve na semana passada, prolongaram os protestos. Para hoje estão programados mais de 200 protestos de rua na França.

A autoridade de aviação civil da França, a DGAC, ordenou às empresas aéreas que cancelem 50% dos voos que deveriam partir hoje do Aeroporto de Orly em Paris, e 30% dos voos de outros aeroportos no país, incluído o maior que atende a capital, o Roissy-Charles de Gaulle.

O Roissy-Charles de Gaulle, um dos mais importantes aeroportos da Europa, já enfrentou problemas ontem, pois parte do pessoal responsável por abastecer as aeronaves está em greve, informou um porta-voz do aeroporto. “Há atrasos e alguns cancelamentos”, disse o funcionário à France Presse.

Ontem, a estatal que opera o sistema ferroviário nacional, a Société Nationale des Chemins de fer Français (SNCF) disse que 50% dos trens de alta velocidade, ou TGV, não entraram em serviço. O serviço do Eurostar, o trem de Paris a Londres, funcionou normalmente.

As greves interromperam praticamente toda a produção das refinarias do país e, embora não haja escassez física de petróleo, estão ocorrendo compras motivadas pelo pânico de uma eventual falta de suprimentos, disse o diretor da União Francesa de Indústrias Petrolíferas (UFIP), Jean-Louis Schilansky.  “Temos estoque para diversas semanas. Com isso, quero dizer que a totalidade dos estoques está à nossa disposição”, disse Schilansky, acrescentando que isso incluiria o eventual uso das reservas estratégicas de petróleo do governo.

Voos

São Paulo (AE) – As greves que atingem diversos setores da economia francesa não afetaram os voos para o país que partem do Brasil. De acordo com a Infraero, até às 17h de ontem (16h em Natal), seis voos internacionais, dos 125 programados, haviam sido cancelado, número dentro da média diária considerada normal. A TAM e Air France, que possuem voos entre os dois países, confirmaram que nenhum voo para a França foi cancelado, ontem.

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