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Greve de bancários fecha um terço das agências no Brasil

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São Paulo (AE) – O número de agências bancárias que fecharam ontem em todo o País, no segundo dia de greve dos bancários, subiu para 7.324, ou cerca de 33% do total de 21.714 unidades. Na terça-feira, primeiro dia da paralisação, o número era de 5.132 agências – pouco menos de 25%. O balanço foi divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com dados enviados pelos 137 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários até as 17h45. No ano passado, 6.248 agências ou centros administrativos fecharam no segundo dia de greve. “Os banqueiros pagaram pra ver e estão vendo a força da greve”, disse o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.
Em Brasília, sindicato diz ter fechado 400 agências bancárias
A última proposta apresentada pelos banqueiros foi de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores que pedem 10,25%, sendo 5 pontos porcentuais de aumento real. Antes de iniciar a greve, os bancários realizaram duas assembleias gerais.

Segundo informou Cordeiro, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) não procurou os trabalhadores para nova negociação. A greve continua à espera de uma nova proposta dos banqueiros. Procurada, a Fenaban não quis comentar o movimento grevista.

Em São Paulo, Osasco e Região, 24.500 trabalhadores participaram da paralisação no segundo dia da greve. De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, a greve já está mais forte este ano do que no segundo dia de mobilização de 2011. De acordo com os sindicalistas, em Brasília, 400 agência fecharam ontem. No Rio de Janeiro, a maioria das 1.300 agências aderiu ao movimento.

CORREIOS

E ontem, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou  que os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) mantenham, pelo menos, 40% do total de trabalhadores em todas as unidades da empresa durante o período de greve. A decisão da juíza Maria Cristina Peduzzi foi anunciada depois do fracasso da audiência de conciliação entre as partes e, se descumprida, acarretará em multa diária de R$ 50 mil aos sindicatos. “Foi identificado o caráter nacional do movimento”, disse a juíza. A decisão de um porcentual mínimo de funcionários em atividade leva em conta a necessidade de manutenção da prestação de serviços, ainda que o setor não seja considerado um “serviço essencial”.

Ontem à tarde, já como reflexo da greve, a ECT suspendeu as entregas com hora marcada – Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje e Disque-Coleta – em São Paulo (Capital e região metropolitana), Distrito Federal, Tocantins e Paraná. Sem um acordo, o TST decidiu levar a julgamento o dissídio dos Correios. A relatoria caberá à ministra Kátia Arruda, que definirá a data de julgamento. Até lá, empresa e funcionários tentarão chegar a um denominador comum.

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