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Greve desfalca as quatro principais equipes do HWG

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As quatro principais equipes do Hospital Walfredo Gurgel (HWG) que atendem no Pronto Socorro Clóvis Sarinho, na enfermaria, no centro cirúrgico, e nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), estão desfalcadas devido a paralisação parcial dos técnicos de enfermagem. Os técnicos são responsáveis pela assistência básica dos pacientes, como troca de curativos e banho dos pacientes. De acordo com a direção do principal hospital do Rio Grande do Norte, os servidores, sobretudo os de nível médio, estão enfrentando sérias dificuldades financeiras – alegam, inclusive, falta de recursos para bancar o transporte até o trabalho.

Com fêmur quebrado, João Maria André, de 36 anos, está em uma maca no corredor há mais de 15 dias

Com fêmur quebrado, João Maria André, de 36 anos, está em uma maca no corredor há mais de 15 dias

Como forma de respaldar juridicamente a ausência, os profissionais da saúde que não registraram ponto no expediente de ontem (19) encaminharam uma carta padrão onde informam os motivos da paralisação: “É de conhecimento público a situação em que se encontra a Saúde Pública no RN. (…) A situação chegou ao limite do insustentável. (…) Não tenho mais condição financeira sequer de me deslocar ao trabalho, sob pena de deixar minha família sem ter o que comer. (…) Pelos motivos expostos, encontro-me impedido de me apresentar ao trabalho”.

A equipe reduzida reflete na redução do número de procedimentos realizados, e nos corredores do Walfredo Gurgel que voltaram a ficar lotados: na tarde de ontem, 80 pacientes aguardavam por cirurgias ou transferências para outros hospitais.  Caso do garçom Jairo Cortez Leocádio Júnior, de 25 anos, vítima de acidente de motocicleta que há 17 dias aguarda por uma cirurgia ortopédica no braço esquerdo em uma maca no corredor do HWG.

Jairo Cortez, de 25 anos, espera cirurgia ortopédica há 17 dias

Jairo Cortez, de 25 anos, espera cirurgia ortopédica há 17 dias

O vendedor João Maria André de Souza, 36, está na mesma situação: “Esqueceram a gente aqui”, reclama. João foi atropelado quando ia para o trabalho e quebrou o fêmur. Ele disse que o motorista avançou no sinal vermelho e não prestou socorro.

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